PLANTIO DE BATATAS DOCES
Observar, produzir, registrar, acompanhar o desenvolvimento, fazer novos registros é o que faz do processo de investigação algo que alimenta a curiosidade e o repertório de cada criança durante suas vivências na escola.
A roda de conversa na sala se inicia com a pergunta da professora:
– Quem aqui conhece a batata doce?
Com muita vontade de comaprtilhar, as mãos se levantam, teorias sobre aquele alimento.
Observando, as crianças vão construindo pensamentos… ROXA, DOCE, DURA, GRANDE…
A professora acalma a animação e repete o que ouviu, todos riem e Joaquim diz:
– É que a batata doce é grande, roxa, doce e dura, tudo junto!
Os demais concordam e a professora sugere:
– O que vocês acham de nós plantarmos as batatas para vermos como vai crescer?!
A animação toma conta da turma e ela acrescenta:
– Porém plantaremos na água!
– Na água? Mas planta precisa de terra! – diz João com ar de surpresa.
– Sim. – complementa a professora – mas faremos com que ela brote na água. Vamos tentar?! E em coro… “Simmmm”, explode em alegria!
A partir daquele momento, as crianças se reuniram no ateliê para este processo repleto de curiosidade. Encher o vidro de água e em seguida colocar a batata foi o primeiro passo. Mas o processo não acabava por ali. Uma folha dividida em quatro partes possibilitou que fosse registrado no primeiro espaço, como estava sua batata no dia de hoje.
O processo de observação a cada dia trouxe mais conhecimento, as crianças registraram a transformação da planta e se algo mudou desde o plantio.
– O que vai acontecer com a batata? – questionou Lorenzo P.
– O que você acha que vai acontecer? – retorna a professora
– Eu acho que ela vai criar raiz – responde ele
– Eu também acho! – apoia Isabella.
– E vocês acham que vai nascer folhas e flores?
– Sim! – respondem todos.
– E por onde vão nascer as folhas?
Kelvyn ressalta:
– Não tem galhos para nascer folhas…
– Interessante! – retoma a professor- Sem galhos não tem flores nem folhas?
– É! – diz João e completa – Só se nascer galho e folha e depois flor…
– Então teremos que esperar para ver. – diz a professora, enquanto os demias fazem seus registros.
O processo de investigação leva tempo e precisa de paciência. Muitos são os verbos… pesquisar, investigar, questionar, observar, registrar e, o mais importante, perceber que na natureza tudo tem seu tempo e nenhum processo pode ser acelerado. Os registros ganham forma e cores sobre os olhares curiosos das crianças do G4A.