Quando as peças podem se tornar grandes ferramentas para contagem termo a termo
NÃO É APENAS UM JOGO…
Várias peças de dominó se encontram numa cesta no centro da roda. As crianças do G5 logo começam a perguntar o que faremos com ela.
De início não parece um jogo comum, mas a professora começa fazendo testes:
-Olhem essa peça. De um lado eu tenho quantos pontos?
-Cinco! –responde João rapidamente.
-E do outro lado? –ela continua
-Seis! –algumas crianças respondem em coro, compreendendo o raciocínio.
-E quanto dá se juntarmos 5 mais 6? –pergunta ela.
Algumas começam a fazer a contagem mentalmente, outras usando os pontos apresentados na peça, outras usam o dedo para chegarem quase que ao mesmo tempo na resposta.
-Onze! –respondem a maioria em coro.
A matemática se torna prazerosa quando o desafio começa. As crianças compreendem e começam o jogo que deve ter marcação de pontos para chegar nos resultados finais de cada contagem das peças tiradas do cesto.
Começando o jogo
João, logo compreende o jogo e começa a desenhar as peças que escolheu fazendo somas mentalmente. Hayla faz seus registros mais espaçadamente, mas consegue fazer a contagem termo a termo dos pontinhos nas peças.
O mesmo faz Lorenzo F., contando as bolinhas de suas peças antes de registrá-las no papel.
Isabella consegue compreender o que precisa ser feito e fica ansiosa para realizar seus registros e suas contagens são precisas. Lorena sabe os números que precisa registrar, mas precisa de ajuda para poder fazer suas contagens. A professora auxilia e pouco a pouco ela vai conseguindo marcar seus pontos. Gabriella faz as contagens sozinha e precisa de ajuda apenas para reconhecer alguns números da reta numérica e assim registrá-los de forma correta.
Solução
Quando a solução está diante dos olhos delas…
Pouco a pouco, cada criança foi desenhando as pecinhas que escolhiam numa folha e em seguida faziam a contagem dos pontos à sua maneira, chegando nos resultados que eram anotados abaixo de cada peça.
Assim, elas conseguiam perceber que resultados iguais podiam vir de somas de diferentes valores, tornando a matemática algo desafiador, mas também divertida.
“…nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações”. (BNCC-Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações)