No dia 22 de agosto comemoramos o Dia do Folclore Brasileiro e, no decorrer deste mês, a Primeiríssima Infância A conheceu uma grande parte das histórias e lendas, deixando todos fascinados, da Mula – sem cabeça, ao Curupira, o Boto -cor – de – rosa, Sereia Iara, entre outros e o tão amado Saci.
Essa lenda despertou a curiosidade e o espírito desbravador na PI – Elefante…
A grande surpresa iniciou-se ao descobrirem que ele nasceu de um bambu, assim como sua rapidez, agilidade, suas travessuras e bagunças, e que dificilmente ele pode ser capturado.
Através das lendas contadas, as crianças adentram o mundo da imaginação e muitas teorias surgem…
Lucas Pignatari prontamente diz: “Olha, eu acho que o Saci passou na minha casa, meus brinquedos tava uma bagunça”
Joaquim também se identifica com a situação e diz: “Ô Pô, Ô Pô, na casa do Joca também”
Theo sugere: “Será que ele passou aqui, Pô Soulen? Olha os blinquedos!”
No término da leitura todos permaneceram sentados no tapete e Ravi sugeriu: “Vamos fazê uma amadilha pro Saci?” Lucas prontamente aceita, Rael diz: “Ele vai enta pela janela”
Luna começou a procurar pela sala itens para criar a armadilha. Colocaram obstáculo na porta para anunciar sua entrada com o barulho, amarraram elástico aos brinquedos e pela sala…No período de lanche, Lucas e Luna compartilharam com os amigos de outros grupos verbalmente sobre a armadilha que criaram e a desconfiança que o Saci estaria “passeando” pela escola e por suas casas. A notícia então começou a se espalhar.
Mediante a desconfiança de sua presença pela escola, a PI criou dois cartazes para ajudar a divulgar nossa procura, cada criança contribuiu com uma parte do desenho e a professora foi a escriba da frase, sugerida pelo grupo.
No decorrer dos dias, muita procura e sinais de suas travessuras e bagunças, foram relatados pelo grupo da PI em suas casas, trabalho dos pais e pela escola, tudo que estava fora do lugar ou se perdia, a pergunta era unânime: “Será que foi o Saci?”
A imaginação das crianças voou longe, buscando pistas, questionando os colegas se encontraram algum vestígio da presença desse garoto sapeca pela escola e convidamos todos para uma caçada pelos espaços da escola.
Reunimos todos os grupos e levantamos um questionamento a eles, caso o encontrassemos: “Algum de vocês gostaria de ficar preso em uma garrafa ou em uma peneira?” , prontamente todos responderam que não.
Desta forma, enfatizamos com o grupo que capturar o Saci e mantê-lo preso, não é uma atitude respeitosa, mas sim, o deixarmos livre, para explorar, viver… E todos concordaram!
Assim como temos na escola, compartilhamos com o Saci alguns combinados para que ele não bagunce nossas salas ou espalhe os brinquedos, livros e desde então tudo deu certo!
A lenda do Saci passou de geração em geração, mantendo-o recluso como resultado de suas traquinagens de menino, mas estamos ressignificando sua história, como deve ser, deixando-o ser livre para explorar, brincar e o tratando com o respeito que todos devem ser tratados e merecem!
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
Nelson Mandela
Que encantadora essa turma, quanta criatividade e delicadesa das professoras.
Sou muito grata por poder proporcionar essas vivências ao Joca. ❤️
Que lindo! Eles ficaram encantados pelo Folclore. Parabéns para as educadoras, que inspiração.