A construção do nome

Com o início de um novo ano, o grupo foi convidado para discutir sobre os seus interesses acerca do de um tema que será foco do trabalho este semestre, o meio ambiente, e juntos escolhermos o nome do grupo.

Em meio à discussões e muitas trocas, um interesse comum surgiu, os animais marinhos. Por isso, iniciamos uma rica pesquisa sobre alguns desses animais e muitas descobertas significativas aconteceram. 

A curiosidade do grupo foi evidente referente à vida desses seres, como por exemplo, a alimentação, as características físicas e até mesmo como respiram dentro d’água. Tantas curiosidades geraram oportunidades de registros escritos com muito sentido para elas.

A partir disso, propostas foram planejadas pela professora focando no processo de alfabetização e no uso da escrita como forma de registrar conhecimentos adquiridos. 

A cobra

A nova sala referência do G5 é repleta de novidades e neste espaço, alguns objetos de estudo geram muito interesse nas crianças, como uma cobra que compõe este espaço.

Ao notarem a cobra no pote de vidro no armário da sala, o grupo já discutia entre si as primeiras impressões e pediam à professora: “A gente pode ver bem de pertinho? Abrir o pote? A gente pode conhecer ela melhor?”

O convite gerou empolgação e questionamentos pertinentes.

Nesta faixa etária, as pesquisas promovem muitas aprendizagens e a percepção da criança como sujeito ativo na construção do seu próprio conhecimento. Ela aprende a interagir com o mundo, levantando hipóteses, explorando e refletindo sobre o que vivencia.

A pesquisa, tão presente no grupo, não promove apenas novos conteúdos, mas também é uma ferramenta importante para fazer pensar, construir criticidade e se fazer pertencente. 

Construção do Nome Próprio

A construção do nome próprio é uma etapa fundamental no processo de letramento das crianças, mesmo ainda não estando em fase de alfabetização. 

Aos 4 anos elas começam a reconhecer e atribuir significado às letras do próprio nome, o que contribui para o desenvolvimento da consciência fonológica e da identidade.

Desta forma, convidamos com frequência, o G4 B- Turma da Baleia- para a construção do nome através de atividades lúdicas e envolventes para esse aprendizado, com o uso da tesoura e da cola, contribuindo para o fortalecimento dos músculos das mãos.

Em um espaço convidativo, as letras foram disponibilizadas em ordem alfabética, forma com a qual o grupo está habituado. Além disso, foram disponibilizas tarjas com o nome de cada criança nas quais elas identificam as letras do seu nome, fazem o recorte e a colagem.

Outro ponto explorado nessa vivência é a organização espacial, ao cortar e encaixar as letras no espaço disponível.

As folhas de Outono

Ao se depararem com o espaço, observaram folhas amarelas nos galhos e secas pelo chão, nosso pé de amora, o pé de manga sem frutos para colher e a aparência das árvores não era como de dias atrás onde colhiam as frutas para o consumo.

Logo muitas hipóteses foram levantadas pelo G4 A – Turma do Tubarão. Theo, de imediato, verbalizou: “Nossa, o que aconteceu aqui?” Júlia prontamente respondeu: “Parece que tá morrendo!”

Após as observações, em uma roda de conversa, demos escuta ao questionamentos e hipóteses de todos e então explicamos que estamos vivendo em uma nova estação do ano, onde os dias quentes seriam poucos, dando lugar ao vento e dias em que o céu fica repleto de nuvens. É o outono, uma estação do ano cheia de mudanças na natureza. 

Compartilhamos com o grupo que nessa época, as folhas das árvores começam a ficar amarelas, alaranjadas e marrons. Depois de um tempo, elas se soltam dos galhos e caem no chão, formando um tapete colorido.

No outono, também não vemos muitas flores e frutos nas árvores. Elas parecem estar descansando, se preparando para o inverno que vem depois.

As crianças concluíram que, mesmo sem tantas flores, o outono é uma estação muito bonita, podemos brincar com as folhas caídas, observar as cores diferentes das árvores e sentir o ar mais fresco ao nosso redor. 

Após compreender as mudanças na natureza que estamos passando, o grupo foi convidado a fazer um registro do nosso quintal, utilizando lápis de cor como riscante e assim dando liberdade à sua imaginação nessa nuance de estações.

A interdisciplinaridade – Projeto e arte

Dentro do contexto escolar, o desenvolvimento de projetos temáticos é uma importante estratégia pedagógica para promover aprendizagens significativas, permitindo que as crianças reflitam sobre o mundo ao seu redor e se expressem de maneira criativa. Neste sentido, o projeto “Educação de Qualidade” para a nossa Mostra Cultural, buscou incentivar as crianças a pensarem sobre o que é uma escola ideal e quais elementos são essenciais para uma educação transformadora e inclusiva.

Aliando esse tema ao trabalho em sala de aula, especialmente nas aulas de artes, foi proposto que as crianças expressassem, por meio da pintura, a sua visão de uma escola ideal. Essa atividade não apenas estimulou a criatividade e a sensibilidade estética, como também permitiu que eles compartilhassem seus desejos, sonhos e expectativas em relação ao ambiente escolar.

Durante o processo artístico, surgiram produções ricas em significado: escolas com muitos espaços verdes, ambientes acolhedores, professores felizes, brinquedos, materiais escolares acessíveis e turmas onde todos se sentem incluídos e respeitados. Cada pintura revelou a percepção única de cada criança sobre o que constitui uma “educação de qualidade”.

Nossa abordagem pedagógica reforça a importância de ouvir as vozes das crianças, reconhecendo-as como sujeitos ativos no processo educativo. Além disso, evidencia como as expressões artísticas podem ser poderosas ferramentas para desenvolver competências sócio emocionais, estimular o pensamento crítico e fortalecer o vínculo entre os estudantes e o ambiente.

BOAS AÇÕES COM O NOSSO PLANETA 

Após a leitura do livro “Aqui estamos nós”, as crianças trouxeram ideias de como cuidar melhor do nosso planeta. Partindo do interesse, elas foram convidadas a refletir sobre o cuidado com o nosso planeta por meio da linguagem da arte. A proposta foi realizada em um ambiente ao ar livre, promovendo o contato direto com a natureza e proporcionando uma vivência acerca da observação atenta e a valorização dos elementos naturais presentes na nossa escola.

O ponto de partida foi a imagem do planeta Terra, que despertou a curiosidade das crianças e gerou questionamentos sobre o que podemos fazer para preservar esse lugar tão especial onde vivemos. 

Em roda de conversa, surgiram ideias e trocas significativas sobre atitudes simples, mas poderosas, como economizar água, plantar árvores, cuidar dos animais, separar o lixo para reciclagem e evitar o desperdício.

Com esse repertório em mente, cada criança foi convidada a expressar graficamente uma boa ação que ajude a cuidar do planeta. Utilizando lápis de cor, tintas e elementos naturais como folhas secas, galhos e sementes, elas criaram produções autorais, repletas de significado e criatividade.

Mais do que uma produção artística, esta proposta foi uma oportunidade de vivência ética e de sensibilização para questões urgentes. Por meio da arte, as crianças aprendem a observar, interpretar e transformar o mundo ao seu redor. Elas compreendem que fazem parte do planeta e que suas atitudes têm impacto na construção de um futuro mais sustentável.

Cultivar o respeito e o cuidado com o meio ambiente desde a infância é um compromisso presente no nosso cotidiano escolar. Ao oferecer experiências significativas como essa, contribuímos para a formação de cidadãos mais conscientes, críticos e responsáveis.

DESCOBERTAS NA RODA DE FRUTAS

A roda de frutas é uma prática muito significativa na Educação Infantil, pois promove o desenvolvimento sensorial, a socialização e a ampliação do repertório alimentar das crianças. Em mais um momento especial, a turma do Jacaré foi convidada a explorar o curioso universo das frutas.

Durante a proposta, as crianças puderam observar atentamente as cores vivas, os formatos variados e as texturas únicas de cada fruta. Foi um momento rico em descobertas! 

A investigação foi além da aparência: ao cortarmos as frutas, os pequenos exploradores perceberam os diferentes tipos de sementes e se encantaram com os cheiros que iam se espalhando pelo ambiente. As expressões de surpresa, alegria e entusiasmo tornaram a roda ainda mais especial.

 A roda de frutas se transformou em um momento de partilha, onde cada criança pôde experimentar novos sabores, respeitando as escolhas e o tempo de cada um dos colegas e assim, na rotina do dia a dia, as crianças descobrem e vivenciam sensações únicas.

É tempo de acolher

Neste início de ano, oferecemos aos nossos bebês um espaço de acolhimento verdadeiro onde cada olhar, gesto e necessidades são escutados com atenção e afeto.

Aqui, tudo é oportunidade: 

É nesse ambiente seguro e amoroso que os primeiros laços se formam, os primeiros passos para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo ganham vida.

No início desta jornada, tudo é novidade: os amigos, as educadoras, os sons, os cheiros, os espaços e os tempos da escola. 

Por isso, cada criança é recebida em nossa escola com atenção individualizada, afeto e muito respeito ao seu ritmo, já que acreditamos que a adaptação vai além de uma recepção: é acolhimento, é o início da construção de um vínculo seguro entre criança e o adulto.

Durante esse momento de adaptação, priorizamos uma rotina leve, com poucas transições, espaços organizados de forma aconchegante e momentos que reforcem a segurança, o colo disponível, o olhar atento, a palavra suave e a música familiar. Cada gesto do adulto comunica ao bebê que ele está protegido, visto e cuidado.

Acreditamos que é no tempo do afeto que o aprendizado floresce. E o primeiro aprendizado no berçário é esse: confiar. Confiança no outro, no espaço, na rotina e, principalmente, em si mesmo.

Acolher não é apenas um momento. É um modo de estar com cada criança, com presença, escuta e delicadeza, dando início a este percurso na escola.

Quinta da escola

O quintal da escola é um espaço potente e convidativo que permite um brincar em que as crianças exploram os jogos simbólicos junto ao campo sensorial. Essas sensações e texturas para o grupo do G5B são uma nova possibilidade para ampliar suas aprendizagens. 

Em meio ao brincar nos dias quentes, o grupo traz um grande interesse pela mistura empolgante do barro. Após cavarem, encontraram uma terra de “cor diferente”, todos passaram a se envolver e perceber que além da cor, a textura também era diferente, mas com um aspecto conhecido. Após misturar com água, a criatividade e o senso crítico ganhou mais espaço e esse novo elemento despertou perguntas e pedidos para explorarem mais. 

Uma nova pesquisa ganhou vida para o grupo, houveram saberes científicos envolvidos nos questionamentos. Conscientes de que o elemento argila é tão presente nas vivências da escola, a exploração é segura e prazerosa, surge naturalmente a partir do contato da das crianças. 

Neste contexto, o grupo foi convidado a produzir argila formando esculturas referentes à pesquisa do quintal. Obras belíssimas, produzidas por meio de uma relação valiosa.

A transformação das amoras

Com a mudança de estação, as visitas ao quintal da escola se tornaram mais surpreendentes. O chão passou a ganhar uma nova cor com as amoras que caiam do pé, todos os dias era possível contemplar os carimbos das amoras sobre a terra do quintal.

Após a pesquisa das árvores deste ambiente tão querido pelas crianças, o grupo do G5A passou a contemplar as transformações dessa curiosa fruta que nasce de uma pequena flor, com cor verde e, após seu amadurecimento, muda de cor.

Um olhar de quem aprecia o mundo ao redor, a natureza, as plantas e as muitas transformações que acontecem e encantam a todos.  Uma proposta de registro significativo e cheio de sabor nesta vivência. 

Segundo a BNCC,