O quintal da escola é um espaço potente e convidativo que permite um brincar em que as crianças exploram os jogos simbólicos junto ao campo sensorial. Essas sensações e texturas para o grupo do G5B são uma nova possibilidade para ampliar suas aprendizagens.
Em meio ao brincar nos dias quentes, o grupo traz um grande interesse pela mistura empolgante do barro. Após cavarem, encontraram uma terra de “cor diferente”, todos passaram a se envolver e perceber que além da cor, a textura também era diferente, mas com um aspecto conhecido. Após misturar com água, a criatividade e o senso crítico ganhou mais espaço e esse novo elemento despertou perguntas e pedidos para explorarem mais.
Uma nova pesquisa ganhou vida para o grupo, houveram saberes científicos envolvidos nos questionamentos. Conscientes de que o elemento argila é tão presente nas vivências da escola, a exploração é segura e prazerosa, surge naturalmente a partir do contato da das crianças.
Neste contexto, o grupo foi convidado a produzir argila formando esculturas referentes à pesquisa do quintal. Obras belíssimas, produzidas por meio de uma relação valiosa.
Com a mudança de estação, as visitas ao quintal da escola se tornaram mais surpreendentes. O chão passou a ganhar uma nova cor com as amoras que caiam do pé, todos os dias era possível contemplar os carimbos das amoras sobre a terra do quintal.
Após a pesquisa das árvores deste ambiente tão querido pelas crianças, o grupo do G5A passou a contemplar as transformações dessa curiosa fruta que nasce de uma pequena flor, com cor verde e, após seu amadurecimento, muda de cor.
Um olhar de quem aprecia o mundo ao redor, a natureza, as plantas e as muitas transformações que acontecem e encantam a todos. Uma proposta de registro significativo e cheio de sabor nesta vivência.
Segundo a BNCC,
“a área de Ciências da Natureza tem o intuito de promover o letramento científico, para que os alunos compreendam e interpretem o mundo natural e possam transformá-lo”.
Neste semestre o 1° ano tem se envolvido intensamente em atividades de produção de texto coletivo, incluindo textos de memória e narrativas diversas. No contexto da alfabetização, essa prática é extremamente significativa, mesmo que as crianças ainda não estejam plenamente alfabéticas.
A produção de texto, nesta fase, funciona como um recurso essencial para o desenvolvimento da consciência de escrita. Através do contato com diferentes tipos de textos e com o apoio de modelos de escritores competentes, as crianças passam a construir e reconhecer estruturas narrativas, ampliando seu repertório linguístico e promovendo avanços no processo de alfabetização. Essa proposta favorece o surgimento de escritores iniciantes que, por meio da observação e da experimentação, consolidam gradualmente as bases para a aquisição da escrita.
É possível notar que todas as crianças participam do processo de criação textual, incluindo aquelas que ainda não dominam plenamente a escrita ou que necessitam de ajustes na construção de determinadas palavras.
As interações durante a produção coletiva e em dupla, incentivam discussões sobre quais as melhores letras para escrever as palavras, promovendo a reflexão crítica sobre as escolhas que cada criança faz para essa escrita. Esse contexto de construção compartilhada de é essencial para o avanço das crianças em fase de alfabetização, pois oferece oportunidades de aprender com o grupo, ao mesmo tempo em que desenvolvem autonomia e autoconfiança.
“As mini-histórias revelam não apenas o que as crianças fazem, mas como e por que fazem, fornecendo uma janela para o modo como construir significado e compreender o mundo.” Margaret Carr e Wendy Lee
Era uma tarde quente de setembro, o sol brilhava forte no céu e a brisa suave parecia anunciar o início da primavera. Depois do lanche, as crianças se reuniram no quintal, onde o calor e a imaginação se misturavam.
No meio das risadas e conversas animadas, as peças de lego coloridas que estavam dentro do cesto de vime começaram a ganhar uma nova forma aos olhos atentos dos pequenos. Não eram mais simples blocos de construção, mas deliciosos sorvetes de todos os sabores.
–“Quem quer sorvete?” Pergunta, Flora, ao sentar na quitanda.
–“Eu!!!” Responde Gabriel. –“O meu é de banana!”
Os amigos vão se aproximando e se sentam próximos à amiga.
–“O meu é de abacaxi” responde Vicente com dois blocos verdes da mão.
Arthur se aproxima, mas logo dispara: -“Eu estou satisfeito!!!”.
Helô e Isadora se mantêm mais distantes, brincando com as peças de lego. Então, Felipe se aproxima, começa a mexer nas peças de lego, como se estivesse procurando algo, e pergunta: –“Qual sabor vocês querem?”
–“Eu não quero” responde Helô.
–“Eu também não!” responde Isadora, logo na sequência.
Novamente, Gabriel grita: –“Agora quero um de chocolate!“
–“Chocolate” repete Matheus.
–“O meu é especial. É de todos os sabores!” dispara Flora.
Cada criança pegava seu “picolé” e fingia se deliciar e se refrescar naquela tarde quente. Em poucos minutos, o parque se transformou em uma sorveteria imaginária, onde cada pedido era feito com entusiasmo.
As conversas sobre sabores iam e vinham, e, com os rostos iluminados pela brincadeira, a tarde de setembro se preenchia de doçura, não apenas pelo sol, mas pelo sabor inventado que preenchia o ar. E assim, entre cores e risos, o tempo passava leve, como se cada peça de lego pudesse derreter e virar uma nova história, pronta para ser saboreada.
“O ato de ouvir a criança e dar-lhe voz é fundamental para que ela se reconheça como sujeito ativo em seu processo de desenvolvimento.” Tizuko Kishimoto
Após observar essa encantadora brincadeira dos sorvetes de lego, decidimos levar a imaginação das crianças para a cozinha. Com olhinhos curiosos e prontos para experimentar, convidamos cada uma para preparar um sorvete saudável e refrescante de melancia.
As pequenas mãos ajudaram a cortar a melancia em cubos e a colocá-los no liquidificador, onde a fruta foi transformada em um suco doce e vibrante. Em seguida, com cuidado e entusiasmo, encheram os copinhos com o suco de melancia.
O momento de provar finalmente chegou: cada uma recebeu seu picolé, agora congelado. Os olhos brilhavam de curiosidade enquanto as pequenas mãos seguravam o sorvete caseiro de melancia.
Ao encostarem o picolé na língua pela primeira vez, um coro de expressões maravilhadas tomou conta do ambiente. Alguns olhos se arregalaram, e outros deram risadas de surpresa.
–“Gelado!”, exclamou Matheus, sentindo o frescor instantâneo que fazia contraste com o calor do dia.
– “Está docinho” completou Vicente.
–“Olha! Esses pontinhos aqui, são as sementes”, exclamou Flora.
O sabor doce e natural da melancia trouxe um sorriso a cada rosto, completando a brincadeira que começou com peças de lego e se transformou em uma deliciosa experiência culinária!
Aprender sobre a importância de pesquisar notícias de jornal como sendo um gênero significativo e curioso fez parte de uma aula de Linguagem e trouxe ricas apreciações. já que muitas crianças não o conheciam.
No contexto da aquisição da escrita, ampliar repertório das crianças é fundamental, e traz objetivos importantes para o aprendizado. Essa prática contribui no desenvolvimento da leitura e compreensão, amplia vocabulário de novas palavras e de notícia sobre o que está acontecendo ao nosso redor e no mundo, além de desenvolver a linguagem oral e o pensamento crítico.
Assim, as crianças do 1° ano A , “Turma do Elefante “, levaram como tarefa de casa, pesquisar uma notícia de jornal, impresso, digital (internet), ou telejornal, para que, no dia seguinte, em roda , pudessem compartilhar com o grupo.
“Jornalismo é como se fosse um fio, que liga as pessoas ao mundo.”
O grupo do G4A foi convidado a explorar os números de uma forma divertida, aprendendo enquanto brincavam. No ateliê de luz e sombra, puderam formar os números com areia colorida e perceber as formas e as sombras de cada numeral e assim, de maneira leve e lúdica, permitindo que as crianças descobrissem e aprendessem naturalmente, facilitando a compreensão dos conceitos numéricos.
Introduzir os números na Educação Infantil é essencial para ampliar o repertório das crianças e ajudá-las a compreender o uso social dos mesmos. Nessa fase, elas começam a dar os primeiros passos na contagem, identificando quantidades e, aos poucos, os numerais passam a fazer sentido e a fazer parte do seu dia a dia. Além disso, o aprendizado dos números estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico, da coordenação motora e da capacidade de resolver problemas.
Aprender em um ambiente coletivo promove também a interação social, a troca de experiências e a colaboração entre as crianças, fortalecendo a confiança e a autoestima ao superar novos desafios. Assim, os números não são apenas símbolos, mas elementos que se integram ao cotidiano das crianças, relacionando-se com outras áreas do conhecimento, como linguagem, arte e música.
Em nossa escola, aprender brincando tem o seu valor e isso trás significado para os dias das crianças.
Em uma tarde quente o grupo do G4B teve a oportunidade de se refrescar e explorar o universo do brincar. Conforme as crianças se envolveram na brincadeira, novas descobertas foram surgindo de maneira espontânea. Cada uma buscou a melhor forma de dar banho nas bonecas, explorando a relação de cuidado que existe entre pais e filhos, mas também usaram a criatividade criando novos penteados.
Os carrinhos também fizeram parte da diversão, passaram por um “lava-rápido” improvisado que os deixavam bem limpinhos, mais rápidos e prontos para grandes corridas.
O brincar, além de ser uma atividade prazerosa, promove a construção de novos conhecimentos, fortalece vínculos e a colaboração entre as crianças. Uma tarde que, apesar de parecer comum, foi vivenciada com a intencionalidade e leveza que só o brincar é capaz de proporcionar.
“Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade”.
Na sequência didática de Geografia, as crianças do 1º ano vivenciaram discussões importantes sobre nossa escola. Neste contexto, muitas pessoas fazem parte do funcionamento deste lugar e elas puderam conhecer sobre as pessoas que trabalham aqui e como contribuem para o nosso dia a dia.
O objetivo deste momento foi valorizar o trabalho de todos os profissionais que fazem parte da nossa comunidade escolar e entender a importância de cada um deles.
Quem são esses profissionais e quais são suas funções?
Compreender o papel de cada um nos ajuda a valorizar e respeitar o trabalho desempenhado para que a escola possa oferecer uma educação de qualidade e todo acolhimento aos alunos e bem-estar na escola.
Após as discussões, o grupo fez um passeio pela escola e ao final, fizeram uma representação pictórica do seu lugar preferido.
Em cada manhã ensolarada do mês de setembro muitas memórias foram criadas pelo grupo da Primeiríssima Infância A, em meio às cores, cheiros e sabores, debaixo do nosso pé de amora.
No chacoalhar da nossa árvore em meio a brisa ou no balançar intencional, logo a colheita teve início, sorrisos e entusiasmo ao tingir as mãos e dedos selecionando a melhor fruta.
Tão logo o pote ou peneira para armazenar era procurada pelo grupo e o pedido para a higienizar com o auxílio da professora. E chegou o desejado momento de saboreá-las…
Em uma das colheitas, o grupo foi convidado para observar as folhas, galhos, frutos, sua coloração e realizar um registro aos pés da amoreira.
Traços com misto de cores registrados nas pinceladas no papel e no corpo, expressando o sabor da infância!
DEBAIXO DO PÉ DE AMORA Autora: Profª Bianca de Macedo
DEBAIXO DO PÉ DE AMORA TEM UM MUNDO INFINITO COM CORES, CHEIROS E SABORES DIVIDIDO ENTRE OS AMIGOS SELECIONAR AS MADURAS FICAR NA PONTA DO PÉ VENCER OS DESAFIOS TINGIR A PALMA DA MÃO
QUANTAS MEMÓRIAS LINDAS DESSE MOMENTO FICARÃO?
É SABOR DE AMORAS É SABOR DE INFÂNCIAS QUE SORTE QUE AINDA
No dia 22 de agosto comemoramos o Dia do Folclore Brasileiro e, no decorrer deste mês, a Primeiríssima Infância A conheceu uma grande parte das histórias e lendas, deixando todos fascinados, da Mula – sem cabeça, ao Curupira, o Boto -cor – de – rosa, Sereia Iara, entre outros e o tão amado Saci.
Essa lenda despertou a curiosidade e o espírito desbravador na PI – Elefante…
A grande surpresa iniciou-se ao descobrirem que ele nasceu de um bambu, assim como sua rapidez, agilidade, suas travessuras e bagunças, e que dificilmente ele pode ser capturado.
Através das lendas contadas, as crianças adentram o mundo da imaginação e muitas teorias surgem…
Lucas Pignatari prontamente diz: “Olha, eu acho que o Saci passou na minha casa, meus brinquedos tava uma bagunça”
Joaquim também se identifica com a situação e diz: “Ô Pô, Ô Pô, na casa do Joca também”
Theo sugere: “Será que ele passou aqui, Pô Soulen? Olha os blinquedos!”
No término da leitura todos permaneceram sentados no tapete e Ravi sugeriu: “Vamos fazê uma amadilha pro Saci?” Lucas prontamente aceita, Rael diz: “Ele vai enta pela janela”
Luna começou a procurar pela sala itens para criar a armadilha. Colocaram obstáculo na porta para anunciar sua entrada com o barulho, amarraram elástico aos brinquedos e pela sala…No período de lanche, Lucas e Luna compartilharam com os amigos de outros grupos verbalmente sobre a armadilha que criaram e a desconfiança que o Saci estaria “passeando” pela escola e por suas casas. A notícia então começou a se espalhar.
Mediante a desconfiança de sua presença pela escola, a PI criou dois cartazes para ajudar a divulgar nossa procura, cada criança contribuiu com uma parte do desenho e a professora foi a escriba da frase, sugerida pelo grupo.
No decorrer dos dias, muita procura e sinais de suas travessuras e bagunças, foram relatados pelo grupo da PI em suas casas, trabalho dos pais e pela escola, tudo que estava fora do lugar ou se perdia, a pergunta era unânime: “Será que foi o Saci?”
A imaginação das crianças voou longe, buscando pistas, questionando os colegas se encontraram algum vestígio da presença desse garoto sapeca pela escola e convidamos todos para uma caçada pelos espaços da escola.
Reunimos todos os grupos e levantamos um questionamento a eles, caso o encontrassemos: “Algum de vocês gostaria de ficar preso em uma garrafa ou em uma peneira?” , prontamente todos responderam que não.
Desta forma, enfatizamos com o grupo que capturar o Saci e mantê-lo preso, não é uma atitude respeitosa, mas sim, o deixarmos livre, para explorar, viver… E todos concordaram!
Assim como temos na escola, compartilhamos com o Saci alguns combinados para que ele não bagunce nossas salas ou espalhe os brinquedos, livros e desde então tudo deu certo!
A lenda do Saci passou de geração em geração, mantendo-o recluso como resultado de suas traquinagens de menino, mas estamos ressignificando sua história, como deve ser, deixando-o ser livre para explorar, brincar e o tratando com o respeito que todos devem ser tratados e merecem!
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”