PROJETO EM FAMÍLIA – “A ÁRVORE DOS SONHOS”

Há muitos anos acontece no Colégio Cantareira a tradicional Festa da família, um evento que tem como objetivo principal fortalecer os laços entre família e escola, promovendo um ambiente de acolhimento, de respeito e acolhimento. 

Com o tema A Árvore dos Sonhos, as crianças vivenciaram reflexões acerca do que os sonhos representam na vida das pessoas, os desejos e aspirações de cada um de nós, destacando a importância de sonharmos juntos por um futuro melhor.

Neste projeto incentivamos nossas crianças a desenvolverem uma imagem positiva de si mesmas, confiando em sua capacidade de enfrentar desafios e superar dificuldades. O projeto é uma oportunidade para elas agirem de maneira independente, reconhecendo suas próprias conquistas e limitações, enquanto ampliam suas relações interpessoais por meio de atitudes de participação e cooperação.

Em um ambiente acolhedor e cuidadosamente preparado, nos reunimos em uma roda de conversa para falar sobre nossos sonhos. As crianças, sempre tão criativas e cheias de imaginação, começaram a compartilhar seus desejos com entusiasmo. “Eu quero ser astronauta!”, disse uma. “Eu quero ter uma casa muito chique!”, contou outra. E, com brilho nos olhos, alguém completou: “Eu quero voar!”.

Entre sorrisos, risadas e olhares curiosos, as crianças revelavam a grandiosidade e a pureza de seus sonhos. Após essa troca tão genuína, as crianças foram convidadas a se dirigir a outro espaço, onde poderiam expressar graficamente suas aspirações. Com papel, lápis e muita criatividade, começaram a dar forma e cor aos sonhos que haviam acabado de compartilhar, transformando seus desejos em obras cheias de vida e significados profundos.

Com vivências realizadas tanto na escola quanto em casa, em parceria com as famílias, chegou então o momento dos pais compartilharem os sonhos que tinham na infância. No 1° ano, recebemos relatos emocionantes de pais que sonhavam em ser atletas, médicos, donos e donas de fazenda, policiais, entre outras profissões.

Esses sonhos, ao longo de suas vidas, foram se transformando — alguns se realizaram, enquanto outros seguiram caminhos diferentes. Porém, mais do que o destino de cada sonho, o que realmente importa é esse instante de troca em família, que certamente se tornará uma memória afetiva valiosa. É um momento que reforça os laços entre gerações e resgata a beleza de sonhar, mesmo que os sonhos mudem com o tempo.

ESSE É O MEU NOME!

As crianças da turma do Tigre se apropriam das letras do alfabeto e dos nomes dos colegas do grupo, e nesta proposta, foram convidadas para registrarem seus nomes de forma diferente, por meio de colagem com elementos naturais. 

Cada letra junto a outra foi tomando forma, encantando as crianças durante o processo de construção enquanto percebiam que pedras, galhos, folhas podiam formar letras, algo que deixou a vivência ainda mais significativa.

Durante o fazer, elas exploraram quais elementos se assemelham mais com partes das letras, e enquanto testavam as possibilidades, iam se encantando…

Arthur “Fica lindo assim!”

Apollo “Olha que legal, minhas letras”

Antonella “Vou usar folhas, pra deixar meu nome  colorido”

Bernardo “Esse é meu nome mesmo!”

Giovanna “Ficou bem grande!”

Júlia “O meu tá aparecendo, amigos…”

Laura “Eu amei colar!!!”

Maya “Vou misturar pra ficar bem legal”

Theodoro “Vou deixar o meu grande também”

Vinícius “Tá ficando lindo mesmo!”

Explorando a Arte de Frans Krajcberg

No Projeto “Meu Habitar o Mundo,” nossas crianças são convidadas a explorar e interagir com o mundo ao seu redor de forma profunda e sensorial. Através da arte, da investigação e da pesquisa, elas descobrem novas maneiras de se expressar e de se conectar com o ambiente e com os outros.

Neste mês, as crianças conheceram a vida e a obra de Frans Krajcberg, um artista que, nasceu na Polônia em 1921, mas se mudou para o Brasil e se apaixonou pela natureza daqui. Frans Krajcberg tinha uma relação muito especial com o fogo. Ele usava troncos e galhos de árvores queimadas em incêndios florestais para criar suas obras de arte. Ele queria mostrar como o fogo pode destruir a natureza, mas também transformar esses restos em algo bonito e cheio de significado. Ao fazer isso, Krajcberg chamava a atenção das pessoas para a importância de proteger as florestas e cuidar do meio ambiente.

Inspiradas por essa ação de Frans Krajcberg, as crianças mergulharam em um ateliê livre, onde puderam criar suas próprias esculturas, experimentando materiais e formas de expressar suas ideias e sentimentos.

Essa vivência é parte essencial do projeto, pois permite às crianças habitar o mundo de maneira multissensorial, como descrito por Diana Tubenchlak, ao reconhecerem-se como agentes ativos em suas experiências na escola. Ao brincar, explorar e compartilhar, elas ampliam suas formas de se relacionar com o mundo, aprendendo e crescendo de maneira integral e significativa.


“ PARECE UM PRÉDIO” (GABRIEL)

“PARECE UMA PALITINHO DE COMER DE CHOCOLATE” (VICENTE)

“PARA SÓ UM TRONCO DE ÁRVORE (FLORA)

“UMA TORRE GIGANTE” (BRUNO)

“UM VULCÃO” (VICENTE)

“ESSE DAQUI PARECE UMA COXINHA” (FELIPE)

“UMA ARANHA” (ISADORA)

“UMA ONÇA” (HELOISA)

“TEM FLOR NA MANGA!”

Em uma manhã de vivência para o grupo do G4A, uma ida ao parque trouxe algo diferente, as crianças observaram que havia uma novidade na mangueira e isso não passou despercebido aos olhos curiosos e investigadores.

Haviam flores por todos os galhos e, por isso, muitas questões surgiram:

 Ao mudar a rota do parque para o espaço do quintal, observando de pertinho,  um convite surgiu para uma pesquisa a qual foi aceita com toda animação pelas crianças.

Curiosas e desejosas por saber mais, elas aceitaram o convite para voltarmos à sala referência e buscar lupas para essa importante investigação . Sofia se animou, ela aprecia muito investigar as coisas com o instrumento, e disse, bem feliz: “Eba, lupas!” 

E logo todos estavam envolvidos em mais uma investigação que possibilitou discussões, teorias e descobertas. As crianças puderam compreender  o processo de crescimento da árvore frutífera e que,   primeiro floresce e depois de alguns dias, surgem os frutos, as mangas vão aparecendo e crescendo. Elas descobriram que essa árvore precisa e gosta dos dias de calor para dar bons frutos.

Ao final, as crianças puderam registrar esse momento por meio do desenho observando o que encontraram, folhas e mangas que haviam caído pelo espaço do quintal nesse processo tão significativo de crescimento da mangueira da nossa escola.

Em uma manhã comum, o inusitado sempre acontece na escola,  graças ao olhar das crianças. Notar o mundo ao seu redor, questionar e pesquisar para compreendê-lo é a melhor forma de aprender com mais leveza.

AVENTURA NO ESCORREGADOR

EM UM DIA ENSOLARADO CHEIO DE CURIOSIDADE, TECIDOS E CAIXAS ESTÃO À DISPOSIÇÃO PARA UM BRINCAR LIVRE NO PARQUE NO BRINQUEDÃO.

FELIPE CAMINHA ATÉ A PONTA DO ESCORREGADOR, AJEITA UM TECIDO NO CHÃO, SENTA EM CIMA E ESCORREGA. 

“NOSSA!!! VAI MUITO RÁPIDO”, DIZ ELE.

FELIPE ACABA DE FAZER UMA DESCOBERTA FASCINANTE: ESCORREGAR SOBRE TECIDOS É MUITO MAIS RÁPIDO!

 LOGO, SEUS AMIGOS FICAM CURIOSOS E COMEÇAM A TESTAR TAMBÉM.

“EU VOU DE BARRIGA”, DIZ FLORA, ESTICANDO O TECIDO E DEITANDO SOBRE ELE.

“EU TAMBÉM!”, DIZ BRUNO, DESCENDO LOGO ATRÁS.

“DE BARRIGA TAMBÉM VAI RÁPIDO, MAS DÁ PARA PARAR COM AS MÃOS”, DIZ FLORA.

ISA, SEM DIZER NADA, AJEITA O TECIDO, DEITA DE BARRIGA PARA CIMA E SE LANÇA RAMPA ABAIXO.

GABRIEL, QUE ESTAVA LOGO ATRÁS, GOSTA DA IDEIA. ELE ESTICA O TECIDO E TENTA SENTAR NELE. SEGURA NAS DUAS ALÇAS DE FERRO, INCLINA A CABEÇA PARA TRÁS E DESCE, DEIXANDO O PANO PARA TRÁS.

“FUI MAIS RÁPIDO QUE O PANO!”, CONCLUI GABRIEL.

VICENTE, ENTÃO, DECIDE PEGAR UM PEDAÇO DE PAPELÃO: 

“SERÁ QUE TAMBÉM VAI RÁPIDO?”, QUESTIONA ELE.

ASSIM, ELE COLOCA O PEDAÇO DE PAPELÃO NA PONTA DO ESCORREGADOR, APOIA SEU TRONCO SOBRE ELE E SE LANÇA.

“UOU!! VAI MUITO RÁPIDO TAMBÉM!”, CONSTATA ELE.

NA SEQUÊNCIA, HELOÍSA E ARTHUR SE AVENTURAM TAMBÉM.

AO UTILIZAREM TECIDOS, PAPELÃO E ATÉ MESMO OS PRÓPRIOS CORPOS DE DIFERENTES MANEIRAS, AS CRIANÇAS PUDERAM PERCEBER QUE DIFERENTES SUPERFÍCIES ALTERAM A VELOCIDADE DE DESLIZAMENTO. NA PRÁTICA, ELAS ESTÃO EXPLORANDO CONCEITOS DE ATRITO E TEXTURA, ESSENCIAIS PARA ENTENDER PRINCÍPIOS FÍSICOS BÁSICOS. EXPERIMENTANDO COMO CADA MATERIAL E POSIÇÃO AFETAM A VELOCIDADE, ELAS APRENDEM DE FORMA LÚDICA E ENVOLVENTE SOBRE O MUNDO AO SEU REDOR.



Mini-histórias são fragmentos do cotidiano que comunicam o estupor das descobertas, dos relacionamentos entre as crianças e do aprendizado na escola.

É uma das muitas opções para documentar o trabalho pedagógico realizado na escola da infância e tem como objetivo evidenciar às famílias e para comunidade escolar de maneira acessível, poética e sensível às experiências dos bebês e das crianças bem pequenas no processo educativo.

África o Berço da Humanidade – Bastidores

Em maio, realizamos nossa tão esperada feira cultural com o tema: África – O berço da Humanidade. Em 2003, tornou-se obrigatória no currículo do estado de São Paulo a inclusão de temáticas de ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira”. Essa conquista foi resultado da luta dos movimentos sociais e populares, especialmente do movimento negro, e sem dúvida, essa vitória pertence a esse povo. Nós, como escola, não podemos fechar os olhos para essa realidade, devemos contribuir para reparar injustiças e construir uma sociedade equitativa, com sensibilidade para essas questões.

Diante disso, o 1° ano Hiena, no decorrer do projeto, explorou diversos aspectos da rica cultura africana. Os alunos mergulharam na história, nas tradições e nas contribuições da África para o mundo. Estudaram a diversidade étnica, linguística e cultural do continente, bem como suas influências na formação da identidade brasileira. Realizaram pesquisas sobre a música, a dança, a arte, a culinária, a brincadeira, fauna, flora e as religiões africanas, proporcionando uma compreensão mais profunda e respeitosa dessas culturas.

Iniciamos o projeto com uma pergunta instigante: “A África é um país ou um continente?”. Essa questão gerou discussões animadas entre as crianças, proporcionando a elas a oportunidade de expressar suas ideias e curiosidades. Explicamos que a África é, na verdade, um continente composto por muitos países. Para aprofundar esse entendimento, assistimos ao vídeo “Conhecendo a África”, que nos ajudou a ampliar nossa compreensão sobre a diversidade e a complexidade do continente africano.

Exploramos várias brincadeiras tradicionais africanas que influenciaram jogos que conhecemos hoje. Descobrimos, por exemplo, que a brincadeira “Batata Quente” tem origem em uma prática africana antiga. Além disso, nos divertimos com brincadeiras como Terra e Mar (Moçambique), Da Ga (Gana e Nigéria), Meu Querido Bebê (Nigéria) e Pegue a Cauda (Nigéria). Sorteamos duas dessas brincadeiras para vivenciarmos em grupo e, posteriormente, criamos cartazes com as regras e fotos das atividades, expondo nossos trabalhos na mostra.

Montamos uma galeria dedicada aos grandes reis e rainhas africanos. Cada grupo ficou responsável por pesquisar e apresentar cinco figuras históricas, totalizando dez personagens importantes. Entre eles estavam a Rainha Nzinga, Rainha Amina, Rainha Makeda, Rei Piye, Rei Aníbal, Rainha Cleópatra, Rainha Nandi ka Bhebhe, Rainha Ranavalona I, Rei Tenkamenin e Rei Mansa Kankan Mussa. Aprendemos sobre suas conquistas e legados, destacando a importância de cada um na história africana.

Este projeto foi extremamente significativo para as crianças. Além de quebrar paradigmas sobre o continente africano, aprendemos a valorizar a diversidade cultural e histórica dessa região do planeta, tão rica. Descobrimos a vastidão e complexidade  conhecendo seus países, povos, brincadeiras e figuras históricas importantes. Esse conhecimento ampliou os horizontes das crianças do grupo e contribuiu de maneira significativa para o processo de aquisição de leitura e escrita, que é o principal objetivo do 1° ano do Ensino Fundamental.

“Nós somos assim…”

Neste projeto, apresentamos artistas que retrataram em suas obras essa forma de manifestação artística tão potente. 

 Frida Kahlo, Tarsila do Amaral e Pablo Picasso foram referências para as crianças observarem. Desta forma, elas puderam compreender que cada um possui particularidades e passaram a refletir de maneira muito positiva sobre isso. Depois de explorarem tintas, pincéis e argila, elas descobriram que poderiam também recriar seus próprios autorretratos. 

Este momento foi muito significativo, a criatividade das crianças é algo que nos surpreende a cada nova proposta, falas e pensamentos surgem de maneira natural: 

 – Júlia: “Vinícius, seu cabelo é cacheado igual o meu”.

– Vinícius: “Júlia, meu cabelo não é cacheado, é crespo”.

As crianças foram tão precisas em seus registros que deixaram em evidência cada detalhe em suas produções, o cabelo, o formato do rosto, nariz, boca e até o enfeite do cabelo. 

– Laura: “Não posso esquecer de colocar a minha tiara de gatinho no meu autorretrato”. 

-Antonella: “Meu cabelo é encaracolado e tem a cor dourada”. 

Um processo complexo e de reflexões que trouxe para o grupo muitos conhecimentos e aberturas para novas possibilidades. Espero que apreciem estes registros com o mesmo carinho e atenção com que as crianças o produzira

Ateliê de tinta natural 

Em uma manhã repleta de possibilidades de explorar, as crianças da PI aguçam os sentidos neste Ateliê. Enquanto usam a criatividade, desenvolvem habilidades também, no traçado, na mistura de texturas e nos movimentos necessários para sua produção.


Insetário

As pesquisas sobre o insetário no grupo do G5 continuam a acontecer, em meio a valiosas descobertas e informações significativas, o encantamento agora perpassa pela linguagem artística e por percepções como as texturas, combinações de cores e diferentes formas do corpo dos bichinhos apresentados. 

Em meio à pesquisa da Mariposa, as crianças foram convidadas a um ateliê com registro sobre o tecido, pincel e tinta guache com o desafio de registrar essa observação em um contexto convidativo e prazeroso.


Autorretrato

Numa manhã divertida e repleta de descobertas, alguns espelhos e o simples ato de se olhar permitiram às crianças do grupo G4 A, da professora Beatriz, uma experiência potente e única. Elas puderam se perceber, se reconhecer e, entre caretas e risadas, descobriram detalhes preciosos em seus próprios rostos.

Após se olharem por alguns momentos, as crianças foram convidadas a expressar o que viam, moldando na argila. Nesse momento, olhos, boca, nariz, sobrancelhas e cabelos foram tomando forma, dando vida às suas impressões.

O projeto do autorretrato não apenas estimula a criatividade, mas também valoriza as crianças, auxiliando num processo crucial de construção de identidade nessa faixa etária. Ao reconhecerem suas características únicas e trabalharem com a materialidade da argila, as crianças não apenas se tornaram parte integrante do mundo ao seu redor, mas também ocuparam seu espaço de forma integral.