A relação com a natureza permite que as crianças construam conceitos e aprendizados sobre o mundo que as cerca. Ao explorar os elementos que compõem a natureza como terra, areia, árvores, pedras, gravetos, as crianças consideram as características destes elementos, confrontam aquilo que já sabem, descobrem e reconhecem sentidos. Aprendem também sobre sua própria existência, ciclo de vida e seu significado. Com esses elementos que a natureza nos fornece, as crianças “montam” brinquedos, fazem comidinhas e assim vão descobrindo novas maneiras de criação a partir dos elementos naturais.
A partir da parlenda corre-cotia, curiosas, as crianças do 1º ano A investigaram o animal e ampliaram muito seu repertório para depois, vivenciarem a brincadeira e foram convidadas a uma produção escrita.
“Pensar é agir sobre um objeto e transformá-lo.”
A ESCRITA COMO FORMA DE REPRESENTAÇÃO DA FALA: PRODUÇÃO DE TEXTO
A psicogêse da língua escrita é baseada nos conceitos de Piaget e tem como base o processo de construção da escrita, focando na criança como protagonista do seu próprio aprendizado.
No 1º ano, as crianças vão construindo muitos saberes acerca do sistema de escrita alfabética e são desafiadas a escreverem em diferentes contextos, mesmo antes de estarem alfabetizadas.
“Por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa.”
A batata doce é um alimento que nos surpreendeu com o espetáculo do seu crescimento.
O grupo do G5B está em processo de observação desde o plantio na água, uma experiência que requer um olhar científico para a transformação.
Desde o primeiro contato, essa experiência foi de muitas hipóteses, em 15 dias as crianças já notaram pequenas raízes e folhas, encantamento ao olhar e que foram traduzidos em seus registros.
DESENHOS DE OBSERVAÇÃO / NARRATIVAS
“Ela vai beber a água pela pontinha, aqui fora também é pontinha, mas ela só bebe por uma pontinha!”
Yasmin
“Eu sei como ela vai crescer, sabia? Ela precisa de muita água pra crescer forte, mas se não tem terra…” “Tem razão, para ela se alimentar ela precisa de água.”
Pedro
“Ela é engraçada e bonita, tem muitos pontinhos, mas sem a terra ela pode crescer mesmo? Quando eu plantei, eu precisei pôr terra toda em cima…”
Lucas Carvalho
“É, eu acho que pode dar certo, mas se ela crescer mesmo vai virar uma árvore, porque se a gente vai plantar…”
Chiara
“A que eu trouxe ela é engraçada, parece até que tem uma cara aqui, eu gostei muito dela, nem tinha reparado antes.”
Bernardo
“Plantio é de planta, né!?? Mas se a gente não vai plantar … AH, agora eu já entendi, a gente come e cresce, ela vai se alimentar e vai crescer. A minha deve estar com fome mesmo, porque essa pontinha tá com uma cara de que quer comer.””
Catarina
“Minha batata doce não é muito grande, ela tá com a cor certinha e tem só uma marquinha aqui, todas são diferentes.”
Luca
“Ei, eu gostei muito dela, a cor dela é diferente de todos os outros e a minha tem varios furinhos aqui, vou fazer todos, parece que ela quer crescer aqui do lado. Ela vai crescer mesmo! Eu sei …”
Rodolfo
“Minha batata doce, bem assim, toda mexidinha… mas vou fazer o pote aqui com a água dentro, porque ela ainda não cresceu.”
Lorenzo
O que aconteceu neste processo investigativo foi observar com atenção, cuidar para ver crescer, indagações sobre a experiência. Dessa forma, as crianças percebem que a vida é um processo que requer atenção e sensibilidade, que a planta só cresce se for cuidada, assim como todo ser vivo. É o ciclo da vida em nosso Ateliê!
PROCESSO DE REGISTRO GRÁFICO
“A vida tem sua própria sabedoria. Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata. Quem tenta ajudar o broto a sair da semente o destrói. Há certas coisas que têm que acontecer de dentro para fora…”
PESQUISA • CONHECENDO OS ANIMAIS DA FAUNA BRASILEIRA
Este é um processo documental que revela a vivência do grupo da Primeiríssima infância no contexto de aprendizagem sobre animais brasileiros e, a partir da pesquisa, as crianças foram convidadas a escolher o nome do grupo.
RODA DE CONVERSA
PESQUISA • CONHECENDO OS ANIMAIS DA FAUNA BRASILEIRA
REGISTRO
OBSERVAÇÃO DOS ANIMAIS
“Jacaré é forte, grrrrr!”
Rafael D. (2 anos)
“Arara azul vai deixar de existir. Que triste!”
Melissa (3 anos)
“Meu papagaio também tem muitas asas!”
Helena (3 anos)
“O lobo guará parece uma raposa.”
Manuella (3 anos)
“Olha a onça sussuaranaaa!”
Matheus (2 anos)
“Mãos que são capazes de transformar e deleitar-se com o fluir, viver o encontro consciente com a sua ação!”
Cada criança tem um traço próprio, histórias e desejos singulares, que caracterizam percursos e ritmos de seu desenvolvimento, interage e brinca para aprender.
Neste percurso, o grupo do 1º ano A vivenciou uma experiência de Ateliê que remete à beleza do cotidiano, às cores e formas da flor, à observação dos detalhes, das miudezas.
“A beleza existe porque é contemplada.
Que beleza teria a flor sem o olhar que a admira?”
O pensamento infantil perpassa pela construção de muitas teorias acerca do mundo ao redor e, por isso, o grupo do G5A, através de suas curiosidades, foi convidado a refletir sobre a construção e estrutura de sua própria casa, sobre o bairro onde vivem e os arredores da escola.
Através de discussões e de uma pesquisa, elas recriaram a estrutura, as faixadas e composições de detalhes de onde moram, além também do reconhecimento do ponto de referência.
Na pesquisa, com apoio de mapas digitais por fotos, satélite e rotas ilustrativas, as crianças conheceram um pouco mais sobre a geografia do lugar onde vivem e fizeram o registro do percurso diário no caminho até a escola, com destaque e ênfase nos pontos de referência e na distância.
Distância e percursos – Pesquisa
Com o mapa do estado de São Paulo e, em seguida, com o mapa do município de São Paulo, realizamos outra pesquisa sobre proporção, tamanho, distância e reconhecimento dos lugares onde visitamos e moramos por região (as zonas).
As crianças construíram muitos saberes a partir desta investigação e da curiosidade já presente em cada uma delas!
EM MEIO A SORRISOS, TEXTURAS E CORES, O GRUPO DA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA B EXPLOROU O ELEMENTO TERRA EM DIFERENTES COLORAÇÕES, USANDO POTES, COLHERES E ÁGUA.
MÃOZINHAS LIGEIRAS QUE TRANSFORMAM CURIOSIDADES EM SABERES COMPARTILHADOS!
Ao explorar os elementos que compõe a natureza no quintal, como folhas, areia, árvores, pedras e gravetos, as crianças do 1º ano B percebem novas possibilidades de construir conceitos sobre o mundo em que vivem. O simples graveto, a pequena pedra, a folha seca, o galho torto, o vento forte, a água, a terra, entre outros elementos naturais, se tornam ricas ferramentas para grandes experimentos.
Enquanto exploram, as crianças criam e narram suas teorias…
Arthur Garcia: “Eu tenho nojo de minhoca! Mas ela é engraçada!”
Miguel: “Vamos cavar bem fundo que encontramos mais minhocas para festa!”
A capacidade de concentração pelo que buscam, é indispensável para a aprendizagem, para a construção de saberes. No entrosamento com os pares e a natureza, fica evidente a curiosidade e a coragem para lançar-se ao desconhecido e a capacidade para interagirem e emergir no simbólico, encontrando soluções para problemas.
Neste percurso, descobriram uma minhoca entre a terra molhada… Muitas teorias surgiram ali, um ser curioso que causa uma sensação interessante para o grupo. Como é este corpo? Por que é tão úmido?
Já que a minhoca passou a ser assunto do grupo todo, que tal um bolo de aniversário para ela?
“Eu sou a moça que faz bolo!”
RAFAELA
“Perdi o medo! Até que é legal sentir uma minhoca!”
FELIPE
“Eu arrumo a decoração da festa!”
EDUARDO
“Vamos fazer o bolo da minhoca!”
VICTÓRIA
“Espera! Vou achar mais convidados para o aniversário da minhoca.”
ARTHUR PEPINO
“Eu ajudei a fazer o bolo. Agora posso ajudar a procurar mais minhocas para a festa!”
“ MEU CAMINHO É ASSIM, TEM ESSES LUGARES PERTO DA MINHA CASA E EU SEMPRE VENHO DE CARRO… AQUI A ESCOLA!” (ALICE)
“ PRA EU VIR PRA ESCOLA EU SAIO DO MEU CONDOMÍNIO, EU VENHO NESSA RUA AQUI ATÉ EU CHEGAR AQUI NA ESCOLA.” (ANTONELLA)
“EU PASSO POR MUITAS RUAS PRA VIR PRA ESCOLA, O CAMINHO É MAIS OU MENOS ASSIM, MAS QUANDO EU SAIO DO MEU PRÉDIO EU SEMPRE VEJO OUTROS PRÉDIOS E A PORTARIA TAMBÉM.” (LEONARDO)
“EU FAÇO UNS CAMINHOS MEIO ASSIM, MAS EU ACHO QUE É PERTO, NÃO É LONGE DA ESCOLA … MAS É TODO ASSIM, TÁ VENDO?!” (MARIAH)
“EI, EU SEMPRE VENHO COM O CARRO E PASSO AQUI NO BOMBEIRO, TÁ VENDO? EU MORO PERTO DO METRÔ, É EM UM PRÉDIO, ELE É ALTO!” (ANTÔNIO)
“QUANDO EU VENHO PRA ESCOLA EU PASSO POR MUITAS RUAS, EU VENHO NO MESMO CAMINHO, MAS TEM MUITAS RUAS.” (GIOVANA)
“EU FIZ O 66 PORQUE EU MORO NO 66, PRA SAIR DA MINHA CASA EU SEMPRE PASSO NO 66.” (ISADORA)
“EU SEMPRE CHEGO BEM RÁPIDO, ACHO QUE É SÓ ASSIM MESMO!” (LUIGI)
“MEU CAMINHO PÔ, EU PASSO POR ESSE LUGAR AQUI, SABE? BEM PERTINHO DA ESCOLA ELE É, EU ATÉ PINTEI IGUAL ELE É MESMO.” (MIGUEL)
“TÁ AQUI MEU CAMINHO… EU VENHO EM UM CAMINHO ASSIM, TEM SEMPRE AS ÁRVORES, QUE TÁ AQUI.” (HELENA)
“EU FIZ EU NA ESCOLA AQUI, ESSE É O MEU CAMINHO, AQUI OLHA, FIZ TUDO ONDE EU VÔ!” (MARCELA)
“EU DESENHEI SÓ A RUA QUE EU VENHO PÁ ESCOLA, SÓ! EU SAIO DA MINHA RUA, ENTRO NESSA , VENHO NA OUTRA, FAÇO ESSA CURVA AQUI E JÁ CHEGO NA ESCOLA.” (EDUARDO)
“EU FIZ EU NA ESCOLA AQUI, ESSE É O MEU CAMINHO, AQUI OLHA, FIZ TUDO ONDE EU VÔMINHA CASA É ASSIM, FIZ ATÉ O SCOOBY. EU MORO NO TUCURUVI, É PERTO , MAS TAMBÉM É LONGE… EU PASSO POR UMA RUA BEM ASSIM, DEPOIS ELA VIRA POR AQUI, VEM RETO, RETO AÍ VAI VIRANDO E CHEGUEI NA ESCOLA BEM AQUI, COM VOCÊ ME ESPERANDO!” (GABRIELLA)
“EU FIZ EU E A RAFA, PORQUE VEM EU E ELA PRA ESCOLA. MORO NO PÉDIO ESSE AQUI … EU PASSO POR OUTROS PRÉDIOS QUE TEM PERTINHO, O CARRO, A RUA QUE A GENTE VEM PÁ ESCOLA E VOCÊ, PÔ, ME ESPERANDO AQUI NA ESCOLA COMO TODOS OS DIAS.” (JOSÉ ROBERTO)