AS LETRAS NO NOME PRÓPRIO

O nome próprio é uma importante referência para a inserção da criança em seu processo de apropriação da linguagem escrita, por isso, as crianças do G5 são constantemente convidadas a vivenciar experiências para esta construção.

Nessa proposta, fazendo uso dos elementos naturais disponíveis, as crianças do G5 B representaram as letras de seu nome próprio. O resultado dessa proposta ficou encantador e admirável.

“A escrita da criança não resulta da simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal”.

Emilia Ferreiro

Tem uma cobra aqui!

MINI-HISTÓRIA

Os contextos de pesquisa e investigação fazem parte do cotidiano do G5B, um grupo muito potente e curioso que de tempos em tempos encontram um questionamento para ampliar seus saberes, testar suas teorias e serem surpreendidos pelas descobertas.

A professora Fabiana encontrou em seu quintal uma cobra, achou interessante e trouxe para a escola para que as crianças pudessem conhecer e investigar sobre o curioso réptil.

Curiosas e intrigadas, as crianças pediram para conhecer e saber mais. Ao transitar com o grupo do integral Pedro e Lucas observam, se aproximam e questionam:

Pedro: “PRÔOOOO… o que é isso? A tarde você vai deixar a gente ver?”

Lucas: “É uma cobra? Eu quero muito conhecer!”.

Para este momento, um contexto de investigação é preparado.

Rodolfo: “UAUUUUU é uma cobra de verdade, eu nem acredito!”

Catarina: “Aí meu Deus do céu, é uma cobra mesmo… Ela é tão linda e fofinha, nem acredito que vou ver de perto!”

Yasmin: “Ela é de verdade mesmo! Vou ver tudinho!”

Lorenzo: “CARACA MANOOO! É uma cobra…”

Bernardo: “Aí minha nossa, eu acho que tenho medo… “

Luca: “Eu achei muito legal!”

Chiara: “Eu nunca tinha visto uma cobra assim …”

Após a observação, a professora proporciona um momento de roda de conversa para que as crianças apresentem seus pensamentos, suas teorias e saberes. Ao questionar o grupo, prontamente Bernardo diz: “A cobra é um tipo de dinossauro!!!”

Pedro: “Parece mesmo um dinossaurinho… haha”

Rodolfo: “A cobra tem escamas!”

Após a afirmação do Rodolfo, a professora questiona o grupo:

“Muito bom! Quem sabe o que são escamas?”

Catarina: “Escamas é um tipo de pelos… Eu vi e percebi direitinho.”

Bernardo: “São as que não ficam no mato e não embaixo da água.”

Luca: “É, algumas ficam na água!”

Rodolfo: “É, é a cobra jiboia …”

Lucas: “Nossa, tem as duas cobras… tem da água e do mato!”

Professora: AAH… a cobra jiboia é da água? Por que você acha que a jiboia é aquática?”

“Porque a cara dela ser da água … ela é uma ji- boia, ela boia! Boia é pra boiar na água!”

Um momento único, cheio de significados, boas e importantes contribuições para uma pesquisa que dialoga com os desejos das crianças de 5 anos como pequenas cientistas que são!