Promovemos para as crianças do grupo sempre um convite para conhecer e explorar o mundo, neste sentido as experiências conectadas à natureza fazem parte deste cotidiano.
Escolhemos os elementos naturais para compor esta proposta artística, no processo notamos a afinidade que existe entre cada criança e esses elementos encontrados pela escola.
Ao experienciar, as crianças da professora Paula da Primeiríssima Infância, vão descobrindo sobre apreciar a natureza e, como são sensíveis ao mundo natural, aprendem a cuidar dele, o respeitar, pois reconhecem que pertencem a este meio ambiente.
A partir de conhecimentos que vão construindo, elas têm o desafio de perceber, observar e escolher os materiais para uma obra muito especial, com formas, cores e composições naturais.
Observa-se a percepção individual de cada criança sobre as nuances de cores, as linhas impressas a cada elemento encontrado e a combinação feita para compor esta obra.
Os projetos que permeiam o grupo da Primeiríssima infância surgem como um convite para que as crianças conheçam e explorem o mundo.
Habitar um mundo curioso, cheio de vivências prazerosas e encantadoras é o que constitui uma infância saudável, mas também a possibilidade de construírem conhecimentos científicos desde muito cedo.
Nas pesquisas feitas todo dia na escola, elas estão atentas às transformações, ao movimento corporal e às emoções ao contemplar as descobertas.
Neste sentido, as crianças da Primeiríssima infância A foram convidadas a explorar o registro com um elemento já conhecido, a argila. Porém ela estava em um estado diferente: em pó!
O convite era desenhar e trazer forma aos rastros que a nova textura permitia.
Na medida que o elemento era manipulado, as crianças notaram que era possível que ele flutuasse no ar, perceberam sua leveza e passaram a soprá-lo… quando notaram que a argila estava por todo lado, incluindo seus corpos e roupas. Foi uma festa!
A partir disso, uma nova possibilidade de exploração surge, trazendo uma encantadora pesquisa que terá continuidade para as crianças do grupo!
As rodas de leitura na Educação infantil são momentos únicos e potentes, são um convite para as crianças lerem o mundo e fazerem muitas descobertas, conhecerem personagens que as encantam, se emocionarem com muitas histórias narradas.
A partir da leitura da história “Pedro vira porco espinho”, o grupo percebeu que o temperamento de cada criança ressalta suas emoções. Então, falas trazidas por elas, como acontecia na história lida, expressam quais frustrações as fazem virar “porco espinho”:
“Eu viro porco espinho também quando eu não quero ir embora!”
Nesta conversa com o grupo, todos narraram suas frustrações e reações. Com um olhar atento para o final da história, Manuela percebeu que algumas coisas contribuem para que o menino Pedro se sentisse acolhido e compreendido. Prontamente, ela reconhece o que gera esse sentimento e o que a tranquiliza: -“Eu não fico mais porco espinho quando eu pego o Bilu!”
“Meu T-Rex”
Gael
“Minha naninha”
Luna
“Meu bilu”
Manuela
“O ônibus, eu amo o ônibus”
Matheus
“Iuiu …” (Carro de bombeiro)
Miguel
“Minha mamãe Agnes”
Rafael
“Meu carro”
Raul
“Adiana” (Adriana- mamãe)
Ravi
“Quando eu tô na escola, ir para casa e minha mamãe Camila. Quando eu tô em casa, fico calmo quando eu vou pintar.”
Vitor
“…as interações com os pares e os adultos, a partir das quais as crianças constroem um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida e pessoas diferentes. Ao mesmo tempo que vivem suas primeiras experiências sociais, desenvolvem autonomia e senso de autocuidado”.
As rodas de leitura fazem parte da rotina das crianças do P.I. A, a professora seleciona e por meio do contexto trazido pelo enredo do livro gera diferentes discussões, pesquisas e novos saberes para o grupo.
Ao realizar a leitura do Livro “O GRANDE RABANETE” o grupo se encanta com a cena pela qual o rabanete está imerso pela terra, Gael percebe e aponta:
“Ué, porque a minhoca tá pertinho dele aqui? Ela fica em baixo da terra num é?”
Ravi apoia:
“IOCA!!!”
Luna questiona:
“Cuidado a minhoca tá indo come ele… A minhoca é da terra mesmo!”
Vitor continua:
“Então ele cresce em baixo da terra?”
Luna questiona:
“Cuidado a minhoca tá indo come ele!”
Manuela indica:
“Tem folhinha aqui… tá na terra também?”
Matheus, Miguel e Rafael observam atentamente e percebem cada informação trazidas pelos amigos.
A professora percebe a curiosidade do grupo e realiza algumas perguntas, para indagar mais as crianças sobre suas teorias e ideias sobre esse processo de desenvolvimento e crescimento da hortaliça.
Ao final da história a professora convida o grupo a observar e contemplar o processo de crescimento de um alimento parecido… A beterraba!” O grupo prontamente aceita e a professora traz o alimento.
Começamos com uma roda de apresentação, um grupo potente como é, já iniciaram novos questionamentos. Em roda de apresentação, Rafael percebe a textura e afirma:
“Olha, ela é um desenho dentro!”
Matheus continua:
“Nossa, sai cor, olha, olha, OLHAAAAA!”
Gael solicita:
“Posso cheirar?”
Ao permitir, sente o cheiro e rapidamente lambe e afirma:
“Eu adolo beterraba, ela é uma delícia!”
Vitor se desafia e pergunta:
“Posso prova também?”
Em seguida o grupo afirma:
“EU TAMBÉM!!!”
A da curiosidade do grupo e escuta ativa para o interesse do grupo realizamos um intenso trabalho do grupo desenvolvendo os 5 sentidos como culinária, registros com texturas, sensações com tato e olfato e a percepção do processo de observação em registro por cada transformação de crescimento dando ênfase no ciclo da vida, crescimento e necessidades de autocuidado. Um lindo percurso com etapas significativas e um processo encantador.