MINI-HISTÓRIA: SORVETES DE LEGO


Era uma tarde quente de setembro, o sol brilhava forte no céu e a brisa suave parecia anunciar o início da primavera. Depois do lanche, as crianças se reuniram no quintal, onde o calor e a imaginação se misturavam.

No meio das risadas e conversas animadas, as peças de lego coloridas que estavam dentro do cesto de vime começaram a ganhar uma nova forma aos olhos atentos dos pequenos. Não eram mais simples blocos de construção, mas deliciosos sorvetes de todos os sabores.

“Quem quer sorvete?” Pergunta, Flora, ao sentar na quitanda.

“Eu!!!” Responde Gabriel. –“O meu é de banana!”

Os amigos vão se aproximando e se sentam próximos à amiga.

“O meu é de abacaxi” responde Vicente com dois blocos verdes da mão.

Arthur se aproxima, mas logo dispara: -“Eu estou satisfeito!!!”.

Helô e Isadora se mantêm mais distantes, brincando com as peças de lego. Então, Felipe se aproxima, começa a mexer nas peças de lego, como se estivesse procurando algo, e pergunta: –“Qual sabor vocês querem?” 

“Eu não quero” responde Helô.

“Eu também não!” responde Isadora, logo na sequência. 

Novamente, Gabriel grita: –“Agora quero um de chocolate!

“Chocolate” repete Matheus.

“O meu é especial. É de todos os sabores!” dispara Flora. 

Cada criança pegava seu “picolé” e fingia se deliciar e se refrescar naquela tarde quente. Em poucos minutos, o parque se transformou em uma sorveteria imaginária, onde cada pedido era feito com entusiasmo.

As conversas sobre sabores iam e vinham, e, com os rostos iluminados pela brincadeira, a tarde de setembro se preenchia de doçura, não apenas pelo sol, mas pelo sabor inventado que preenchia o ar. E assim, entre cores e risos, o tempo passava leve, como se cada peça de lego pudesse derreter e virar uma nova história, pronta para ser saboreada.



Após observar essa encantadora brincadeira dos sorvetes de lego, decidimos levar a imaginação das crianças para a cozinha. Com olhinhos curiosos e prontos para experimentar, convidamos cada uma para preparar um sorvete saudável e refrescante de melancia.

As pequenas mãos ajudaram a cortar a melancia em cubos e a colocá-los no liquidificador, onde a fruta foi transformada em um suco doce e vibrante. Em seguida, com cuidado e entusiasmo, encheram os copinhos com o suco de melancia.

O momento de provar finalmente chegou: cada uma recebeu seu picolé, agora congelado. Os olhos brilhavam de curiosidade enquanto as pequenas mãos seguravam o sorvete caseiro de melancia.

Ao encostarem o picolé na língua pela primeira vez, um coro de expressões maravilhadas tomou conta do ambiente. Alguns olhos se arregalaram, e outros deram risadas de surpresa.

“Gelado!”, exclamou Matheus, sentindo o frescor instantâneo que fazia contraste com o calor do dia.

“Está docinho” completou Vicente. 

“Olha! Esses pontinhos aqui, são as sementes”, exclamou Flora.

Explorando a Arte de Frans Krajcberg

No Projeto “Meu Habitar o Mundo,” nossas crianças são convidadas a explorar e interagir com o mundo ao seu redor de forma profunda e sensorial. Através da arte, da investigação e da pesquisa, elas descobrem novas maneiras de se expressar e de se conectar com o ambiente e com os outros.

Neste mês, as crianças conheceram a vida e a obra de Frans Krajcberg, um artista que, nasceu na Polônia em 1921, mas se mudou para o Brasil e se apaixonou pela natureza daqui. Frans Krajcberg tinha uma relação muito especial com o fogo. Ele usava troncos e galhos de árvores queimadas em incêndios florestais para criar suas obras de arte. Ele queria mostrar como o fogo pode destruir a natureza, mas também transformar esses restos em algo bonito e cheio de significado. Ao fazer isso, Krajcberg chamava a atenção das pessoas para a importância de proteger as florestas e cuidar do meio ambiente.

Inspiradas por essa ação de Frans Krajcberg, as crianças mergulharam em um ateliê livre, onde puderam criar suas próprias esculturas, experimentando materiais e formas de expressar suas ideias e sentimentos.

Essa vivência é parte essencial do projeto, pois permite às crianças habitar o mundo de maneira multissensorial, como descrito por Diana Tubenchlak, ao reconhecerem-se como agentes ativos em suas experiências na escola. Ao brincar, explorar e compartilhar, elas ampliam suas formas de se relacionar com o mundo, aprendendo e crescendo de maneira integral e significativa.


“ PARECE UM PRÉDIO” (GABRIEL)

“PARECE UMA PALITINHO DE COMER DE CHOCOLATE” (VICENTE)

“PARA SÓ UM TRONCO DE ÁRVORE (FLORA)

“UMA TORRE GIGANTE” (BRUNO)

“UM VULCÃO” (VICENTE)

“ESSE DAQUI PARECE UMA COXINHA” (FELIPE)

“UMA ARANHA” (ISADORA)

“UMA ONÇA” (HELOISA)

AVENTURA NO ESCORREGADOR

EM UM DIA ENSOLARADO CHEIO DE CURIOSIDADE, TECIDOS E CAIXAS ESTÃO À DISPOSIÇÃO PARA UM BRINCAR LIVRE NO PARQUE NO BRINQUEDÃO.

FELIPE CAMINHA ATÉ A PONTA DO ESCORREGADOR, AJEITA UM TECIDO NO CHÃO, SENTA EM CIMA E ESCORREGA. 

“NOSSA!!! VAI MUITO RÁPIDO”, DIZ ELE.

FELIPE ACABA DE FAZER UMA DESCOBERTA FASCINANTE: ESCORREGAR SOBRE TECIDOS É MUITO MAIS RÁPIDO!

 LOGO, SEUS AMIGOS FICAM CURIOSOS E COMEÇAM A TESTAR TAMBÉM.

“EU VOU DE BARRIGA”, DIZ FLORA, ESTICANDO O TECIDO E DEITANDO SOBRE ELE.

“EU TAMBÉM!”, DIZ BRUNO, DESCENDO LOGO ATRÁS.

“DE BARRIGA TAMBÉM VAI RÁPIDO, MAS DÁ PARA PARAR COM AS MÃOS”, DIZ FLORA.

ISA, SEM DIZER NADA, AJEITA O TECIDO, DEITA DE BARRIGA PARA CIMA E SE LANÇA RAMPA ABAIXO.

GABRIEL, QUE ESTAVA LOGO ATRÁS, GOSTA DA IDEIA. ELE ESTICA O TECIDO E TENTA SENTAR NELE. SEGURA NAS DUAS ALÇAS DE FERRO, INCLINA A CABEÇA PARA TRÁS E DESCE, DEIXANDO O PANO PARA TRÁS.

“FUI MAIS RÁPIDO QUE O PANO!”, CONCLUI GABRIEL.

VICENTE, ENTÃO, DECIDE PEGAR UM PEDAÇO DE PAPELÃO: 

“SERÁ QUE TAMBÉM VAI RÁPIDO?”, QUESTIONA ELE.

ASSIM, ELE COLOCA O PEDAÇO DE PAPELÃO NA PONTA DO ESCORREGADOR, APOIA SEU TRONCO SOBRE ELE E SE LANÇA.

“UOU!! VAI MUITO RÁPIDO TAMBÉM!”, CONSTATA ELE.

NA SEQUÊNCIA, HELOÍSA E ARTHUR SE AVENTURAM TAMBÉM.

AO UTILIZAREM TECIDOS, PAPELÃO E ATÉ MESMO OS PRÓPRIOS CORPOS DE DIFERENTES MANEIRAS, AS CRIANÇAS PUDERAM PERCEBER QUE DIFERENTES SUPERFÍCIES ALTERAM A VELOCIDADE DE DESLIZAMENTO. NA PRÁTICA, ELAS ESTÃO EXPLORANDO CONCEITOS DE ATRITO E TEXTURA, ESSENCIAIS PARA ENTENDER PRINCÍPIOS FÍSICOS BÁSICOS. EXPERIMENTANDO COMO CADA MATERIAL E POSIÇÃO AFETAM A VELOCIDADE, ELAS APRENDEM DE FORMA LÚDICA E ENVOLVENTE SOBRE O MUNDO AO SEU REDOR.



Mini-histórias são fragmentos do cotidiano que comunicam o estupor das descobertas, dos relacionamentos entre as crianças e do aprendizado na escola.

É uma das muitas opções para documentar o trabalho pedagógico realizado na escola da infância e tem como objetivo evidenciar às famílias e para comunidade escolar de maneira acessível, poética e sensível às experiências dos bebês e das crianças bem pequenas no processo educativo.

Bem-vindos à exposição “Explorando Kandinsky na Natureza”!

Nesta exposição, convidamos vocês a mergulharem no mundo da arte abstrata inspirada nas obras de Wassily Kandinsky, através das criações únicas e encantadoras das crianças do P.I Leão.

As crianças foram convidadas a explorar materiais naturais, como galhos, folhas e pedras, para criar suas próprias obras de arte abstrata, inspiradas na visão de Kandinsky sobre cores, formas e emoções.

Kandinsky acreditava que a arte podia ser uma expressão da alma e que as cores e formas podiam transmitir sentimentos e emoções. Ele via a arte como uma sinfonia visual, onde cada pincelada era uma nota em uma música imaginária.

Nesta exposição, vocês encontrarão uma variedade de obras, cada uma delas única e especial. As crianças exploraram livremente os materiais, misturando cores, experimentando formas e texturas, e criando composições cheias de vida e energia.

À medida que vocês observam essas obras encantadoras, convidamos a se deixarem levar pela imaginação, assim como Kandinsky fazia em suas pinturas. Deixe que as cores e formas despertem emoções dentro de vocês, e sintam a alegria e a liberdade da expressão artística das nossas crianças.



Explorando a Terra: Descobrindo o Mundo das Minhocas

É incrível como a curiosidade das crianças pode nos levar a explorar e descobrir maravilhas em nosso próprio quintal. Recentemente, observando-as brincando no quintal, algumas investigavam atentamente a terra: “Prô, acho que tem morango enterrado aqui! Vou cavar para achar.” Após cavar bastante, concluiu: “Não é morango! É terra vermelha!”E sugeriu: “Vamos pintar com a terra?” A partir desse olhar, passamos a explorar este elemento e o grupo ficou fascinado com as tonalidades, texturas e também com a vida que no solo habita, pois durante essa exploração, uma descoberta emocionante foi feita: minhocas!

Naturalmente, como acontece com qualquer nova descoberta, as crianças tiveram várias perguntas: O que as minhocas comem? Por que elas vivem na terra? Será que elas mordem? Essas perguntas não só demonstram a curiosidade natural, mas também nos oferecem uma oportunidade emocionante de explorar e aprender juntos sobre o mundo subterrâneo das minhocas.

Então, fizemos uma “Casa das minhocas”  usando um pote plástico, colocamos a terra com as minhocas e os elementos citados por eles. Observamos alguns dias e eles constataram que minhoca não come pedra.

Decidimos mergulhar fundo nessa investigação.

Trouxemos algumas leituras, entre elas, a leitura do livro “A Minhoca Dorminhoca em Apuros“.

Através dessa história encantadora, aprendemos sobre as aventuras de uma minhoca enquanto ela explora o solo e os desafios que encontra pelo caminho. Essa história não só nos diverte, mas também nos ensina sobre a vida e o comportamento das minhocas. E ao final, dando continuidade ao processo investigativo, fizemos um convite para montamos uma mini composteira com as crianças. Este é um momento de muita alegria para todos nós, pois as crianças não só aprenderão sobre as minhocas, mas também entenderão a importância vital que elas têm em nosso ecossistema.

As minhocas, conhecidas como “engenheiras do solo”, têm um papel crucial na decomposição de matéria orgânica, ajudando a transformar restos de alimentos em nutrientes essenciais para as plantas. Elas não só comem terra, como também se alimentam de matéria orgânica em decomposição, como folhas caídas, restos de vegetais e frutas (menos as ácidas).

Ao montar nossa composteira, poderemos observar de perto o trabalho incansável das minhocas enquanto transformam os restos de comida em composto rico em nutrientes. Isso não só nos ajudará a compreender melhor o ciclo da vida e a interconexão de todos os seres vivos, mas também nos conscientizará sobre a importância de cuidar do nosso planeta.

Em breve, compartilharemos a continuidade e as descobertas!


Richard Louv

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA

O brincar está presente em grande parte do tempo na rotina do grupo da primeiríssima infância.  

O brincar tem um papel fundamental para o desenvolvimento saudável e integral das crianças, especialmente durante a primeira infância, que compreende os primeiros anos de vida. Nesse período, as crianças estão passando por um rápido desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social, e o ato de brincar desempenha um papel crucial nesse processo. Nas brincadeiras as crianças aprendem a ser, a conviver e a conhecer. 

Diariamente organizamos contextos de aprendizagens, com diferentes materiais e desafios que as crianças podem escolher dentre as possibilidades, o que desejam brincar e explorar.


Brincando a criança deixa fluir suas emoções, seus desejos, imaginações e suas ações.

Aprender respeitar sua vez, dividir espaço e brinquedos, etc.

Aprender a brincar juntos e a lidar com os conflitos.

Aprendem a cooperar, a ter respeito, serem solidários e responsáveis.


DESENHANDO COM ELEMENTOS NATURAIS

Chamamos esse tipo de produção de desenho Efêmero. Mas o que significa desenho efêmero e para quê fazemos?

Efêmero é um termo de origem grega (em que “ephémeros” significa “apenas por um dia”) usado para designar uma situação que dura muito pouco tempo. É antônimo de duradouro, permanente.

Podemos desenhar utilizando barbantes, palitos, pedras, sementes, tampinhas, galhos, folhas secas e etc. Esse tipo de proposta permite que as crianças procurem nas formas, cores, texturas, tamanhos e outros, sentidos e significados.

Podem planejar e organizar tanto os materiais como a imaginação e pensamento, pois elaboram ideias, aprendem a fazer escolhas, experimentam diferentes posições e agrupamentos de materiais até definirem que sua obra ficou pronta.

Inspirados no livro “Eu sou assim e vou te mostrar” de Janisch Heinz, as crianças da primeiríssima infância B, foram convidadas a criarem seu autorretrato observando e reconhecendo suas individualidades e características, valorizando seu modo de ser e estar no mundo.


“No ato  de desenhar, a criança é  o papel, o lápis,  a linha, o objeto, a pontinha que toca e mergulha nesse universo anímico e mutante. Desenhar concretiza material é visivelmente a experiência de existir. “

                                                                                                                                         Edith Derdyk


VAMOS CAPTURAR O LOBO?

Em uma tarde ensolarada, tecidos, panelas, ferramentas, tubetes, pneus, cilindros e utensílios de cozinha serviram de apoio para as crianças darem continuidade aos diálogos e brincadeiras que foram surgindo no cotidiano.

Ao irem para o quintal, Maya e Júlia caminham em direção às panelas e começam a preparar uma deliciosa comida…

 “Júlia, vamos preparar uma comida envenenada para o lobo?” – Maya

“Ele vai queimar a boca de tão quente” – Júlia

Um pouco mais adiante, Theodoro e Giovanna selecionam os tubetes e ripas de madeiras para  construir uma armadilha. Com a armadilha pronta, colocam uma panela com um delicioso bolo para atrair o lobo.

O lobo vai ficar com vontade de comer esse bolo e quando entrar aqui, ele vai ficar preso” – Giovanna

Enquanto isso, Laura e Antonella entram na caixa de areia e com o auxílio de uma panela e colheres preparam outro bolo…

“Esse é um bolo de pirulito, quando o lobo pular aqui dentro, ele vai queimar – Laura

Vamos cobrir com esse pano para ele não ver” – Antonella

Em um outro canto do quintal, um outro contexto do brincar acontece, Gabriel, Felipe e Vinicius se empenham em deixar a casinha reforçada para obrigá-los caso tudo desse errado.

Essa casa é forte!” – Vinícius

Novamente Maya, Júlia e Vicente decidem preparar mais uma armadilha. Com o auxílio de uma concha começam a cavar para fazer um buraco…

“O lobo vai cair aqui !” – Vicente

Com o buraco pronto, Júlia caminha pelo quintal à procura de algo, quando encontra logo diz: “ Vamos colocar isso em cima”, esticando um tecido em cima do buraco.

Quando, de repente, todos escutam um barulho e gritam: “É o lobo!!”

A correria toma conta. Bernardo começa a imitar o lobo e ao caminhar pelo espaço acaba caindo em uma das armadilhas, mas consegue escapar.

Neste momento, todos correm para o fundo do quintal e tentam se esconder do lobo, observando se ele iria cair em mais uma armadilha, mas o lobo caminha pelo espaço, desvia das comidas e corre em direção às crianças para pegá-las .


“As mini-histórias são histórias cotidianas que mostram sequências de ação e nos ajudam a perceber a complexidade de um contexto rico em atenção e relação. Essas possibilitam diariamente acompanhar a extraordinária transformação dos pensamentos das crianças.”

(Gambetti, Gandini, 2016)


O olhar da criança para a natureza

Existe uma relação de sensibilidade e encantamento entre a criança e a natureza. É através da sensibilidade, em plena atividade, que a criança está aberta para as descobertas, para conhecer o mundo.

“A importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.”

Manoel de Barros

E quando a sensibilidade está aflorada, a experiência acontece completamente, o encantamento está presente!

Durante o parque  é possível observar situações de investigação e de um olhar sensível das crianças em busca de explicações para diversos fenômenos naturais.

Convidamos as crianças para irem até o quintal da escola e, em uma grande roda, pedimos que elas falassem tudo que estavam vendo. 

“FITAS” – Giovanna

“A FOLHA” – Lucca

TERRA – Vicente

UMA FLOR BRANCA NO VASO – Maya

“EU VI UM BICHO NA FOLHA” – Bernardo

“PRÔ BIANCA, EU VI UMA PIPA VOANDO” – Laura

“A LUA” – Julia

“CÉU” – Gabriel

Após essa primeira observação, pedimos então que olhassem novamente, mas que agora encontrassem algo que não tinham visto ou dito antes.

“AREIA QUE A GENTE COLOCA NA PANELINHA” – LAURA

“LÂMPADA” – BERNARDO

“A COCÓ (GALINHA)” – GABRIEL

Então, perguntamos: “De tudo que viram, o que são elementos vivos? Que precisa de ar, água, alimento para sobreviver?”

“BICHINHO!” – MAYA

Após um tempo, perguntamos: “E nós? E as folhas?”

Percebemos que, ao observar a natureza, dificilmente alguém cita outra pessoa como parte integrante do mundo natural, porém, somos seres vivos e fazemos parte dela.

Assim como os bichos, nós e as plantas também somos seres vivos, necessitamos da água, do sol e do solo para sobreviver. Os seres vivos são aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Sendo assim, o ciclo da vida.

Para enriquecer ainda mais a nossa pesquisa, trouxemos a leitura do livro “O que é que tem no quintal?”  que incentiva a criança a observar e se divertir do lado de fora da casa.

Ao final, convidamos as crianças para coletarem as folhas do nosso quintal que já tinham encerrado seu ciclo de vida, folhas secas.

Muitos artistas buscam na natureza inspiração para suas criações. Aproveitamos para apresentar às crianças a artista e fotógrafa  Emily Blincoe, ela recolhe todo o material para compor suas obras do quintal.

Após apreciarem algumas de suas obras, convidamos as crianças para criarem suas próprias obras.

A casa

Durante uma sexta-feira de outono, o sol e o calor vieram nos presentear e proporcionou mais uma brincadeira ao ar livre.

Ao chegar no parque do brinquedão, as crianças avistaram um tecido sobre os pilares de madeira.

Empolgada, Laura caminha até o local dizendo: “Olha! Uma casa!”. Aos poucos, as crianças foram entrando e se sentando.

“Prô, você não pode entrar aqui, é só crianças!”

Laura

“Fecha a janela para ela não entrar!”

Giovanna

“Vem Julia, tá começando a chover!”

Maya

De “porta fechada” as crianças conversavam sobre o que tinha  na casa.

“Nessa casa tem bolo quentinho…” – Maya

“Tem pirulito também!” – Giovanna

“Comida!” – Gabriel

Lucca observa e escuta  atentamente toda conversa, na sequência engatinha até o túnel, se vira e acena para seus amigos se despedindo: “Tchau!!”

Na sequência, Maya, Laura, Giovanna, Júlia e Gabriel se deslocam em direção ao túnel, repetindo a ação do amigo… Tchau, tchau.

A brincadeira se repete na semana seguinte…

“Prô, você pode colocar o tecido para ser o telhado da nossa casa?”– Laura

Mas agora com uma casa mais refinada…

“Na casa tem rede” – Vicente

“Tem sofá também! “, diz Giovanna entregando um pneu para os amigos.

“Ou uma caminha…” –  diz Giovanna se deitando sobre o pneu.

“Prô, você pode colocar o tecido para ser o telhado da nossa casa?”- Laura

Mas agora com uma casa mais refinada…

“Na casa tem rede” – Vicente

“Tem sofá também! “, diz Giovanna entregando um pneu para os amigos.

“Ou uma caminha…” –  diz Giovanna se deitando sobre o pneu.


“É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral; e é somente sendo criativo que o individuo descobre o eu”.

(Winnicott, 1975, p.80)