Ateliê a céu aberto: tinta com açafrão

Um ateliê é um laboratório de possibilidades e um caminho de pesquisa para crianças pequenas também. Para que ela possam vivenciar os contextos e irem construindo tantas relações com as materialidades, planejamos experiências com diferentes texturas.

A tinta de açafrão foi a escolhida para essa vivência de Ateliê fora da sala do berçário, privilegiando que cada criança conhecesse a cor viva e a pigmentação amarela intensa deste elemento, que seu corpo fosse o instrumento de descobertas e sensações a partir desta exploração.

O brincar como linguagem em meio à natureza

A linguagem do brincar se destaca em meio a rotina do grupo do G5, pois potencializa as relações, as parcerias produtivas, a construção de vínculos muito importantes para o desenvolvimento integral das crianças. Além disso, é no coletivo que construímos o sentimento de pertencimento de um grupo e desse espaço chamado escola. 

Cotidianamente, os espaços são pensados para promover vivências significativas para o grupo, como também experiências criativas e encontros surpreendentes. O quintal é este espaço de tantas possibilidades de brincar e estar em contato com os elementos naturais.

E em um dia de quintal, as crianças exploravam o espaço e desfrutavam dos enredos que surgiam ali, e neste brincar, um movimento diferente e curioso surgiu ao buscarem outras descobertas, apareceu voando entre nós uma linda libélula rosa!

Nesse momento, a euforia tomou conta do grupo e uma observação minuciosa se iniciou, maravilhados por tamanha beleza deste inseto e do quão encantador é desfrutar de experiências em contato com a natureza, o grupo experimentou olhar atentamente e perceber os detalhes e a rapidez com que ela voou!!!

A arte e a ciência em conexão!

O projeto de Artes do grupo do G5 tem como ponto de partida os interesses das crianças acerca dos insetos, por isso, as experiências artísticas que envolvem o uso de diferentes materialidades e registros, perpassam também pelo contexto das investigações e pesquisas.

Nesta temática, a curiosidade traz novos encontros e surpresas inesperadas enquanto investigam esses seres. 

Observar o encantamento de cada criança enquanto fazem as observações, ouvir seus questionamentos tão complexos ao descobrirem algo, tudo tem sido muito bonito.

Nesse rico processo, as crianças desfrutam de propostas nas quais são envolvidas por toda materialidade, neste contexto o registro com tinta possibilitou muita beleza nos traços de cada desenho feito por elas, potencializando as habilidades artísticas e também científicas, as relações entre uma e outra e a liberdade sobre cada traço, pensamento e construção. 

NOME PRÓPRIO

Na  Educação Infantil as aprendizagens envolvem o desenvolvimento social de cada criança e reconhecer o nome próprio é uma forma de cada uma estar no espaço da escola e se reconhecer como indivíduo social. 

No grupo do G4 A da professora Beatriz, essas aprendizagens acontecem enquanto as crianças brincam, de forma lúdica e muito prazerosa. 

Ao terem contato com as letras do alfabeto, elas ampliam saberes e começam a reconhecer e se apropriar das letras que compõem seus nomes, inicialmente através de jogos e  brincadeiras e, em seguida, passam a grafar o próprio nome em diferentes situações do cotidiano.

Esse processo auxilia na construção da identidade e também promove o letramento acerca de como é composta a escrita deste nome. 

Nessa proposta, o grupo realizou a escrita do nome com o apoio das tarjas e, após conhecerem e explorarem todas as letras durante  jogo com o alfabeto móvel, passaram a se arriscar na escrita sem apoio. 

Habitar o espaço da escola…meu lugar!

Nosso Projeto Meu Habitar no mundo é um convite para a exploração das crianças da P.I. nessa fase inaugural de suas vidas na escola e também no mundo que as cerca em contextos de aprendizagens significativos e muito potentes.

Nosso olhar de educadoras é pensando nos ambientes convidativos, nas relações que se construirão ali entre pares, com objetos e a materialidade. As linguagens da infância se fazem presentes na arte, investigação e pesquisa.

O Grupo da P.I Elefante da professora Suelen iniciou esse precioso projeto explorando nosso Quintal Cantareira e toda a vegetação presente na escola, em roda de conversa demos escuta às crianças que destacaram suas observações e, em meio às suas observações sobre as plantas, árvores e jardim da escola, constataram que temos poucas flores por aqui. 

A partir dessa percepção, convidamos o grupo para contribuirmos com a beleza do nosso espaço, através do cuidado com a natureza, mas transformando a escola em um lugar mais florido realizando o plantio de flores. 

As flores escolhidas foram Girassóis e Venídio laranja, após preparar e cavar a terra, o grupo fez o  plantio das sementes, as cobriram de terra e adubo.

Ao final, o grupo foi convidado para registrar essa vivência tão importante e significativa!

Diariamente temos cuidado deste plantio, acompanhando de perto o ciclo de crescimento das plantas esperando ansiosos pelo processo do florescer…

Aprendendo sobre as moradias – ampliando conhecimentos

Na sequência didática de Geografia, as crianças do grupo Elefante da professora Katia, aprenderam sobre os diferentes tipos de moradias.

É importante que nesta faixa etária os conhecimentos acerca do mundo em que vivemos seja ampliado e as crianças do 1º ano conheçam, por exemplo, como foram os diferentes tipos de moradia com o passar do tempo e também hoje, na atualidade, reflitam sobre o que mudou.

Além disso, aprender os nomes e características das moradias contribui para o desenvolvimento de um vocabulário mais rico e possibilitou que as crianças construíssem cartazes acerca desta temática que gerou muita curiosidade e trocas.

Ao ampliar as reflexões e informações trazidas para o grupo, elas demonstraram começar a entender que existem diferentes formas de morar, reconhecendo o que torna um lugar seguro e confortável para viver, bem como podem aplicar esse conhecimento ao pensar sobre suas próprias casas e a localização das mesmas. 

A partir disso, refletimos sobre como a má distribuição de renda e a desigualdade social interferem no local em que vivem e na habitação das pessoas no contexto social. 

Explorando os espaços da escola- construindo memória afetivas aqui!!!

Tudo começou quando fizemos a leitura do livro “Uma dúzia e meia de bichinhos”… borboletas, joaninhas, vaga-lumes e tantos outros bichinhos desfilam pelas páginas desse delicioso poema que celebra as pequenas maravilhas da natureza, com a sensibilidade e olhar carinhoso das crianças da “Turma do Tigre”.

Como pesquisadoras do mundo que são, com lupas nas mãos, fomos em busca de bichinhos pelos espaços da nossa escola, as crianças fizeram muitas observações acerca de onde eles poderiam habitar, já que sabiam que os seres da natureza só vivem bem na natureza.

Pelo caminho, no quintal e nos canteiros da Educação Infantil, refletiram e observaram cada detalhe que encontravam,  pelo chão perceberam  desde bichinhos quase invisíveis até o formato de diferentes pedras. 

Para iniciar esta pesquisa, foi uma tarde deliciosa e de muitas trocas bacanas e aprendizagens, além disso, as crianças tiveram a oportunidade de explorar outros espaços pouco frequentado por eles, como a rampa de acesso para o 1° ano e um lindo jardim logo na entrada para o Ensino Fundamental. Ali também habitam bichinhos, como insetos e pequenas aranhas, já que nossa escola é ao lado da Serra da Cantareira e esses seres estão aqui por perto.

Com a lupa as crianças ampliam o olhar para as “pequenezas” das coisas da natureza e maravilham-se compartilhando conosco este olhar genuíno de criança:

Explorando a Terra: Descobrindo o Mundo das Minhocas

É incrível como a curiosidade das crianças pode nos levar a explorar e descobrir maravilhas em nosso próprio quintal. Recentemente, observando-as brincando no quintal, algumas investigavam atentamente a terra: “Prô, acho que tem morango enterrado aqui! Vou cavar para achar.” Após cavar bastante, concluiu: “Não é morango! É terra vermelha!”E sugeriu: “Vamos pintar com a terra?” A partir desse olhar, passamos a explorar este elemento e o grupo ficou fascinado com as tonalidades, texturas e também com a vida que no solo habita, pois durante essa exploração, uma descoberta emocionante foi feita: minhocas!

Naturalmente, como acontece com qualquer nova descoberta, as crianças tiveram várias perguntas: O que as minhocas comem? Por que elas vivem na terra? Será que elas mordem? Essas perguntas não só demonstram a curiosidade natural, mas também nos oferecem uma oportunidade emocionante de explorar e aprender juntos sobre o mundo subterrâneo das minhocas.

Então, fizemos uma “Casa das minhocas”  usando um pote plástico, colocamos a terra com as minhocas e os elementos citados por eles. Observamos alguns dias e eles constataram que minhoca não come pedra.

Decidimos mergulhar fundo nessa investigação.

Trouxemos algumas leituras, entre elas, a leitura do livro “A Minhoca Dorminhoca em Apuros“.

Através dessa história encantadora, aprendemos sobre as aventuras de uma minhoca enquanto ela explora o solo e os desafios que encontra pelo caminho. Essa história não só nos diverte, mas também nos ensina sobre a vida e o comportamento das minhocas. E ao final, dando continuidade ao processo investigativo, fizemos um convite para montamos uma mini composteira com as crianças. Este é um momento de muita alegria para todos nós, pois as crianças não só aprenderão sobre as minhocas, mas também entenderão a importância vital que elas têm em nosso ecossistema.

As minhocas, conhecidas como “engenheiras do solo”, têm um papel crucial na decomposição de matéria orgânica, ajudando a transformar restos de alimentos em nutrientes essenciais para as plantas. Elas não só comem terra, como também se alimentam de matéria orgânica em decomposição, como folhas caídas, restos de vegetais e frutas (menos as ácidas).

Ao montar nossa composteira, poderemos observar de perto o trabalho incansável das minhocas enquanto transformam os restos de comida em composto rico em nutrientes. Isso não só nos ajudará a compreender melhor o ciclo da vida e a interconexão de todos os seres vivos, mas também nos conscientizará sobre a importância de cuidar do nosso planeta.

Em breve, compartilharemos a continuidade e as descobertas!


Richard Louv

Jogos, brincadeiras e cantigas como ferramenta de aprendizagem

Nas últimas semanas, o 1º ano B- turma da Hiena- da professora Bruna tem vivenciado propostas com jogos, brincadeiras e cantigas de roda como ferramenta de aprendizagem na rotina.

O jogo de memória foi produzido pelo grupo e possibilitou estarem diante de um desafio que chama muito a atenção das crianças desta faixa etária, com suas regras na “ponta da língua” para ensinar aos demais amigos. Essas atividades têm proporcionado momentos de aprendizado, diversão e integração entre o grupo e, contribuindo significativamente para o fortalecimento social e emocional das crianças.  É gratificante observar o entusiasmo e a participação de todos, fortalecendo os laços de amizade e colaboração dentro do grupo.

Segundo Maria José da Nóbrega, especialista e estudiosa em linguística e alfabetização, as crianças desenvolvem habilidades tanto na escrita quanto na matemática enquanto brincam. No entanto, ela ressalta que apenas brincar não é suficiente; é fundamental uma intencionalidade pedagógica e planejamento desses jogos e brincadeiras.  

Para trazer mais sentido às propostas com jogos, selecionamos experiências que estão alinhadas aos objetivos de aprendizagem específicos para o grupo, adaptando-as de acordo com as necessidades de desenvolvimento dos alunos. Ao integrar jogos de escrita e de números de forma estratégica ao cotidiano, tornamos  o processo de alfabetização mais dinâmico, eficaz e prazeroso, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento integral das nossas crianças.

Matérias e materialidades

Em propostas sensoriais tão potentes, as crianças do berçário estão explorando elementos secos como o fubá. Essas experiências possibilitam a percepção de cores, texturas e diferentes sensações.

Os utensílios ampliam a possibilidade de testes feitos pelas crianças, ora tentam colocar o fubá dentro dos medidores, ora testam a possibilidade de pegar com colheres, mas são nas mãos que encontram a ferramenta ideal de exploração, de sentir, de segurar, deixando cair entre os dedos, mas testando com todo maravilhamento da infância.

Usando as mãos, a criança explora o mundo, desenvolve seus potenciais, descobre coisas e sensações, “constrói–se” e, se construindo, ela cresce de forma saudável e feliz.