“Somos da terra… A terra somos… Todo dia é nosso… Os nossos somos todos… Precisamos usar nossa flecha da sabedoria com o arco da esperança e reconquistarmos o que éramos…”
A turma do 1º ano “Pau-brasil” vivenciou momentos de reflexões, brincadeiras e produções sobre a cultura dos povos indígenas. Essa temática está presente na escola e permite que possamos desde muito cedo repertoriar as crianças sobre a importância de conhecerem a história desses povos.
É brincando que a criança reinventa o seu mundo, aprende a socialização e o compartilhamento. As possibilidades são tantas!
NO PROJETO DE ARTES, AS CRIANÇAS DO GRUPO DA JABUTICABEIRA G5-B PÔDE APRECIAR VÁRIAS OBRAS DESSA ARTISTA TÃO VERSÁTIL E ATEMPORAL, SUA MANEIRA DIFERENCIADA FOI ALGO QUE LOGO CHAMOU A ATENÇÃO DAS CRIANÇAS, SUA SIMPLICIDADE NO MOMENTO DE CRIAR SUAS ESCULTURAS, SEUS GESTOS DELICADOS COM AS MÃOS FOI ALGO QUE FEZ COM QUE AS CRIANÇAS PERCEBESSEM QUE ELAS TAMBÉM PODERIAM CRIAR SUAS PRÓPRIAS OBRAS….
NO ATELIÊ, CADA UMA RECRIOU DO “SEU JEITINHO” A ESCULTURA DANDO UM TOQUE ESPECIAL UTILIZANDO ELEMENTOS NATURAIS , AO FINAL FAZENDO COLAGEM DOS MESMOS.
“Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca”.
Contemplando obras de Maiolino, as crianças usaram as mãos e os movimentos, expressando ideias nas formas e criações. Nas pontas dos dedos em contato com a argila, a arte foi tomando forma, o manuseio e controle do material, até que por fim a escultura em si. Uma possibilidade de falar através do que se produz, de imitar e renovar, de participar e realizar. A arte está em cada detalhe, em cada curva, em cada parte do que se criou. As obras falam, mostram o controle do artista, a concentração, a paciência e a intencionalidade. Nossas crianças foram protagonistas nesse desafio e suas criações são um encantamento!
“Eu adoro mexer a argila, sempre dá para fazer muitas coisas com ela.”
Joaquim – 5 anos
“Eu consegui fazer igual a Anna Maria, todas as curvinhas.”
João Miguel – 5 anos
“Para algumas formas precisamos fazer minhoquinhas primeiro. Fica mais fácil.”
Isabella – 5 anos
“Eu acredito que toda arte é um tipo de resistência”
Ana Maria Maiolino
Manuseando…
Onde as mãos encontram a matéria e a transformam em obras primas… é onde moram as falas, as ideias e a criatividade.
“A arte é uma forma de crescimento para a liberdade, um caminho para vida.”
Como um convite para as crianças do G4 B, o projeto do Autorretrato contempla a beleza das diferenças, as singularidades e o reconhecimento da identidade de cada criança do grupo.
Com materiais naturais como madeira, folhas, galhos, palitos e um espaço potente, as crianças encontraram o desafio de construir seus traços para além de registrar com lápis e papel. Desta forma, observaram através das características, das formas de expressar-se que trazem um resultado belíssimo.
Apreciem as crianças e seus retratos por meio desta nova forma de expressão:
Ao realizarmos uma pesquisa sobre os povos indígenas, as crianças do G4 A descobriram brincadeiras tradicionais destes povos e também sobre a origem da peteca. A partir disso, surgiu o convite para a produção de uma peteca com elementos naturais coletados pela escola.
Luiz deu uma ideia “Vamos pegar as folhas do quintal!” E, juntos, fomos à procura das folhas pelo jardim e quintal Cantareira.
“Achei uma folha verde para nossa peteca, amigos.”
Lavinia
Na construção, selecionamos os materiais necessários, engajadas com uma produção bastante inusitada, as crianças separaram areia, escolheram o tecido da juta e cisal para amarrar.
E então passamos para a fase de testes de como fariam para a peteca ser funcional:
“Acho que está boa agora, Prô”
Enzo
“Tá bem fofinha”
Miguel
“Bate com a mão embaixo…”
Melissa
Jogar peteca é uma brincadeira que muitos conhecem e é bastante divertida Através deste processo de produção da própria peteca, as crianças do G4 ampliaram seus saberes acerca de brinquedos e jogos que podemos criar usando elementos naturais. O exercício de criar seus brinquedos é muito importante para a infância, a ausência de brinquedos prontos estimula a criatividade e imaginação.
O brincar conecta gerações, culturas, povos e auxilia na aprendizagem de forma criativa, alegre e leve.
Apresentamos para as crianças da Primeiríssima Infância a artista multimídia, pintora, escultora e desenhista, Anna Maria Maiolino.
Após conhecerem os movimentos básicos que Anna realiza para criar suas obras com argila, todos retirados da prática culinária, como: rolar, perfurar e amassar, as crianças foram convidadas a criarem suas próprias esculturas.
As rodas de leitura na Educação infantil são momentos únicos e potentes, são um convite para as crianças lerem o mundo e fazerem muitas descobertas, conhecerem personagens que as encantam, se emocionarem com muitas histórias narradas.
A partir da leitura da história “Pedro vira porco espinho”, o grupo percebeu que o temperamento de cada criança ressalta suas emoções. Então, falas trazidas por elas, como acontecia na história lida, expressam quais frustrações as fazem virar “porco espinho”:
“Eu viro porco espinho também quando eu não quero ir embora!”
Nesta conversa com o grupo, todos narraram suas frustrações e reações. Com um olhar atento para o final da história, Manuela percebeu que algumas coisas contribuem para que o menino Pedro se sentisse acolhido e compreendido. Prontamente, ela reconhece o que gera esse sentimento e o que a tranquiliza: -“Eu não fico mais porco espinho quando eu pego o Bilu!”
“Meu T-Rex”
Gael
“Minha naninha”
Luna
“Meu bilu”
Manuela
“O ônibus, eu amo o ônibus”
Matheus
“Iuiu …” (Carro de bombeiro)
Miguel
“Minha mamãe Agnes”
Rafael
“Meu carro”
Raul
“Adiana” (Adriana- mamãe)
Ravi
“Quando eu tô na escola, ir para casa e minha mamãe Camila. Quando eu tô em casa, fico calmo quando eu vou pintar.”
Vitor
“…as interações com os pares e os adultos, a partir das quais as crianças constroem um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida e pessoas diferentes. Ao mesmo tempo que vivem suas primeiras experiências sociais, desenvolvem autonomia e senso de autocuidado”.
O cotidiano das crianças pequenas na escola é repleto de novidades e aprendizagens, afinal o mundo ao redor é inaugural para elas que estão sempre abertas ao novo, à exploração. Para elas existe uma conexão natural com o que as interessa…
Nesta vivência, os legumes e seus pigmentos de cores e texturas trouxeram inúmeras sensações e possibilidade de brincar, de explorar para as crianças do berçário.
Algumas crianças mais à vontade, usaram o corpo como forma de sentir, outras preferiram apenas observar vagarosamente ou usar esses elementos simbolicamente fazendo comidinhas saborosas. O cotidiano no berçário é respeitoso com os interesses que são individuais e nós, educadoras, respeitamos a cada uma em suas particularidades.
“Os pequenos nos convidam a experimentar. Eles têm a arte dentro de si. Eles criam arte. Eles nos dizem algo. Algo que perdemos. Algo atraente e sedutor. Algo que reconhecemos. E que não podemos explicar. Tudo é muito maior. Para as crianças existe uma conexão direta entre vida e obra. Essas são coisas inseparáveis.”
Ao ar livre as crianças caminham em direção a um espaço criado com carinho, onde os materiais posicionados em um círculo têm em seu centro uma cesta contendo frutas diversas.
As crianças logo se recordaram do tema tratado em grupo e ressaltaram de quais frutas gostavam mais, que sabores, cheiros e texturas os agradavam.
Aquarelas, potes de água, canetas pretas, lápis de cor e de desenho e canetinhas são oferecidos para que elas possam escolher os riscantes para seus registros.
Aos poucos vão se aproximando dos materiais e observando a fruteira à sua frente. Cada criança tem um ângulo diferente.
Habilidades da criança
– Da onde eu estou consigo ver mais bananas. – diz Joaquim ao sentar-se em seu espaço.
-Eu já consigo ver mais maçã – complementa Gabriella.
Assim, percebem que seus lugares trazem ângulos diferentes da fruteira. Eles são convidados a trocar de posição com um colega se acharem pertinente, mas acabam aceitando os lugares em que estão.
-O que é para fazer? – pergunta Hayla
A professora logo retoma. – O que vocês acham que faremos aqui?
-Vamos pintar, ué! – diz Isabella segura da atividade à sua frente.
-Pintar o que? – responde a professora.
-Vamos desenhar a fruta que gostamos? – pergunta João.
A educadora retoma algumas descobertas sobre as frutas e que as crianças trouxeram algumas para a montagem de uma fruteira. Algumas imagens são dispostas ali para que observem os registros de observarão feitos por adultos e crianças, partindo do que eles viram ao observar uma fruteira. As crianças se animam e seus registros começam a aparecer por traz de seus olhares curiosos.
-Vou fazer as bananas, porque é mais fácil – diz Lorena.
-Eu gosto de bananas. – diz Lorenzo F., ao escolher ela para desenhar.
-Vamos olhando e desenhando, é isso?! – pergunta Lorenzo P.
A turma se conecta na observação e registro e em um grande silêncio. Foi possível ouvir o riscar dos lápis, observar o vai e vem dos pincéis.
Observamos a fruteira, o cheiro de algumas frutas invadem o ambiente. As crianças declinam seus olhares com admiração e fazem delicadamente o registro com cores e traços muito sensíveis.
REGISTRANDO…
Passado um tempo, as crianças foram convidadas a observar em outro ângulo, com essa troca de lugar, os registros mudam…
-Tem diferenças, porque cada um desenha de um jeito. – diz João.
-E cada um viu uma parte. – complementa Lorenzo P.
-É, eu não conseguia ver direito esse lado – Diz Gabriella ao ver o ângulo da amiga.
A troca vai acontecendo, onde de tempo em tempo as crianças mudam de lugar. Ao findarem todas as observações, cada criança se encarrega em pegar o desenho e caminhar até a professora que os orienta a colocar para secar num espaço reservado.
A experiência trouxe siginificado para este fazer, os olhares observadores e criadores conseguem ver cada traço e as diferenças dos alimentos expostos e, ao final, fizeram a degustação de cada uma delas.
“O significado não provém apenas do ver ou observar, ao contrário, ele é construído. […] A prática da documentação não pode, de modo algum, existir à parte do nosso envolvimento no processo”. (DAHLBERG, MOSS E PENCE, 2003, p. 193)
As crianças da Primeiríssima Infância estão engajadas no projeto “Alimentação saudável”, após uma roda de conversa sobre os alimentos que não gostam, elas foram convidadas a fazerem uma degustação às cegas. Com os olhos vendados e muita curiosidade, precisaram acionar outros sentidos para adivinhar qual era a receita surpresa… Elas cheiraram, tocaram e experimentaram.
“Hum! Tem chocolate!”
“É gostoso!!!”
Para completar essa vivência tão surpreendente, a professora Bianca fez uma brincadeira de adivinha, questionando: Será que alguém vai adivinhar qual é o alimento principal dessa receita?
Por fim, cada criança trouxe suas hipóteses e finalizamos revelando que alimento era esse da receita surpresa de brigadeiro de chuchu.