A roda de frutas é uma prática muito significativa na Educação Infantil, pois promove o desenvolvimento sensorial, a socialização e a ampliação do repertório alimentar das crianças. Em mais um momento especial, a turma do Jacaré foi convidada a explorar o curioso universo das frutas.
Durante a proposta, as crianças puderam observar atentamente as cores vivas, os formatos variados e as texturas únicas de cada fruta. Foi um momento rico em descobertas!
A investigação foi além da aparência: ao cortarmos as frutas, os pequenos exploradores perceberam os diferentes tipos de sementes e se encantaram com os cheiros que iam se espalhando pelo ambiente. As expressões de surpresa, alegria e entusiasmo tornaram a roda ainda mais especial.
Ao final da exploração, chegou o momento mais esperado: saborear essas delícias naturais.
A roda de frutas se transformou em um momento de partilha, onde cada criança pôde experimentar novos sabores, respeitando as escolhas e o tempo de cada um dos colegas e assim, na rotina do dia a dia, as crianças descobrem e vivenciam sensações únicas.
Em cada manhã ensolarada do mês de setembro muitas memórias foram criadas pelo grupo da Primeiríssima Infância A, em meio às cores, cheiros e sabores, debaixo do nosso pé de amora.
No chacoalhar da nossa árvore em meio a brisa ou no balançar intencional, logo a colheita teve início, sorrisos e entusiasmo ao tingir as mãos e dedos selecionando a melhor fruta.
Tão logo o pote ou peneira para armazenar era procurada pelo grupo e o pedido para a higienizar com o auxílio da professora. E chegou o desejado momento de saboreá-las…
Em uma das colheitas, o grupo foi convidado para observar as folhas, galhos, frutos, sua coloração e realizar um registro aos pés da amoreira.
Traços com misto de cores registrados nas pinceladas no papel e no corpo, expressando o sabor da infância!
DEBAIXO DO PÉ DE AMORA Autora: Profª Bianca de Macedo
DEBAIXO DO PÉ DE AMORA TEM UM MUNDO INFINITO COM CORES, CHEIROS E SABORES DIVIDIDO ENTRE OS AMIGOS SELECIONAR AS MADURAS FICAR NA PONTA DO PÉ VENCER OS DESAFIOS TINGIR A PALMA DA MÃO
QUANTAS MEMÓRIAS LINDAS DESSE MOMENTO FICARÃO?
É SABOR DE AMORAS É SABOR DE INFÂNCIAS QUE SORTE QUE AINDA
No dia 22 de agosto comemoramos o Dia do Folclore Brasileiro e, no decorrer deste mês, a Primeiríssima Infância A conheceu uma grande parte das histórias e lendas, deixando todos fascinados, da Mula – sem cabeça, ao Curupira, o Boto -cor – de – rosa, Sereia Iara, entre outros e o tão amado Saci.
Essa lenda despertou a curiosidade e o espírito desbravador na PI – Elefante…
A grande surpresa iniciou-se ao descobrirem que ele nasceu de um bambu, assim como sua rapidez, agilidade, suas travessuras e bagunças, e que dificilmente ele pode ser capturado.
Através das lendas contadas, as crianças adentram o mundo da imaginação e muitas teorias surgem…
Lucas Pignatari prontamente diz: “Olha, eu acho que o Saci passou na minha casa, meus brinquedos tava uma bagunça”
Joaquim também se identifica com a situação e diz: “Ô Pô, Ô Pô, na casa do Joca também”
Theo sugere: “Será que ele passou aqui, Pô Soulen? Olha os blinquedos!”
No término da leitura todos permaneceram sentados no tapete e Ravi sugeriu: “Vamos fazê uma amadilha pro Saci?” Lucas prontamente aceita, Rael diz: “Ele vai enta pela janela”
Luna começou a procurar pela sala itens para criar a armadilha. Colocaram obstáculo na porta para anunciar sua entrada com o barulho, amarraram elástico aos brinquedos e pela sala…No período de lanche, Lucas e Luna compartilharam com os amigos de outros grupos verbalmente sobre a armadilha que criaram e a desconfiança que o Saci estaria “passeando” pela escola e por suas casas. A notícia então começou a se espalhar.
Mediante a desconfiança de sua presença pela escola, a PI criou dois cartazes para ajudar a divulgar nossa procura, cada criança contribuiu com uma parte do desenho e a professora foi a escriba da frase, sugerida pelo grupo.
No decorrer dos dias, muita procura e sinais de suas travessuras e bagunças, foram relatados pelo grupo da PI em suas casas, trabalho dos pais e pela escola, tudo que estava fora do lugar ou se perdia, a pergunta era unânime: “Será que foi o Saci?”
A imaginação das crianças voou longe, buscando pistas, questionando os colegas se encontraram algum vestígio da presença desse garoto sapeca pela escola e convidamos todos para uma caçada pelos espaços da escola.
Reunimos todos os grupos e levantamos um questionamento a eles, caso o encontrassemos: “Algum de vocês gostaria de ficar preso em uma garrafa ou em uma peneira?” , prontamente todos responderam que não.
Desta forma, enfatizamos com o grupo que capturar o Saci e mantê-lo preso, não é uma atitude respeitosa, mas sim, o deixarmos livre, para explorar, viver… E todos concordaram!
Assim como temos na escola, compartilhamos com o Saci alguns combinados para que ele não bagunce nossas salas ou espalhe os brinquedos, livros e desde então tudo deu certo!
A lenda do Saci passou de geração em geração, mantendo-o recluso como resultado de suas traquinagens de menino, mas estamos ressignificando sua história, como deve ser, deixando-o ser livre para explorar, brincar e o tratando com o respeito que todos devem ser tratados e merecem!
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
Em uma manhã repleta de possibilidades de explorar, as crianças da PI aguçam os sentidos neste Ateliê. Enquanto usam a criatividade, desenvolvem habilidades também, no traçado, na mistura de texturas e nos movimentos necessários para sua produção.
Uma conexão entre a criança e os elementos.
“A infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano”.
O café e a cúrcuma foram os elementos naturais que iniciaram uma manhã de descobertas e de exploração para o grupo PI Elefante. Em meio a cores, aromas e texturas, ao sentar-se em nosso espaço para vivência, os olhos atentos e curiosos das crianças levantavam hipóteses sobre cada elemento.
Ao observar e tocar o pó de café, Theo de imediato sugere: “Hum, isso é terra!”
Luna, muito atenta, observa também, mas discorda: “Não é não, acho que é, acho que é…” Ela reflete.
Na infinidade de hipóteses trazidas pelo grupo, a professora Suelen explicou sobre os elementos naturais, café e cúrcuma, descobriram juntos de onde eles vêm e como utilizamos em nosso dia a dia.
Logo em seguida, os olhos atentos e cheios de entusiasmo, iniciaram a exploração, sentindo a textura dos elementos nos dedos, o tingir da pele, mãos e pés, criando traços e marcas no tecido e no corpo. O aroma também chamou atenção, cada mistura do pincel com água ou a junção dos elementos potencializou descobertas e movimentos que trouxeram sentido à experimentação. Um campo infinito de sensibilidade na exploração!
Nosso Projeto Meu Habitar no mundo é um convite para a exploração das crianças da P.I. nessa fase inaugural de suas vidas na escola e também no mundo que as cerca em contextos de aprendizagens significativos e muito potentes.
Nosso olhar de educadoras é pensando nos ambientes convidativos, nas relações que se construirão ali entre pares, com objetos e a materialidade. As linguagens da infância se fazem presentes na arte, investigação e pesquisa.
O Grupo da P.I Elefante da professora Suelen iniciou esse precioso projeto explorando nosso Quintal Cantareira e toda a vegetação presente na escola, em roda de conversa demos escuta às crianças que destacaram suas observações e, em meio às suas observações sobre as plantas, árvores e jardim da escola, constataram que temos poucas flores por aqui.
A partir dessa percepção, convidamos o grupo para contribuirmos com a beleza do nosso espaço, através do cuidado com a natureza, mas transformando a escola em um lugar mais florido realizando o plantio de flores.
As flores escolhidas foram Girassóis e Venídio laranja, após preparar e cavar a terra, o grupo fez o plantio das sementes, as cobriram de terra e adubo.
Ao final, o grupo foi convidado para registrar essa vivência tão importante e significativa!
Diariamente temos cuidado deste plantio, acompanhando de perto o ciclo de crescimento das plantas esperando ansiosos pelo processo do florescer…
“Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma.
Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles…”
Esse mês de fevereiro o PI A, fez uma escolha muito importante…
O nome do nosso grupo, que nos identificará durante todo ano!
A escolha do nome compõe a identidade e foi a partir do nosso Projeto África – Berço da Humanidade- que selecionamos os principais animais da Savana, abordamos com o grupo o que é uma savana, quais animais ali residem e suas características. Para crianças da PI, esses primeiros saberes trazem muito encantamento e, observando imagens de animais, puderam apoiar a escolha.
No decorrer dessa construção, cada uma já se antecipava em suas preferências, o que mais gostava, o mais “forte”, o mais feroz, o mais “fofulinha”, em roda de conversa.
Após dar escuta a todos, cada uma pôde escolher o animal de sua preferência e, por votação, a escolha foi ELEFANTE!!!
Então, partimos para uma pesquisa específica sobre o animal escolhido, após esse momento convidamos o grupo para construção do nosso bastidor, uma produção que informa nossa identidade. Permitimos que as crianças participassem ativamente na ideia dessa construção, livres para usar a imaginação, expectativas, expressas em cada olhar e falas.
Através de cada traço do pincel no tecido, a pele do nosso elefante foi tomando forma, assim como suas orelhas, olhos com características únicas que foram escolhidos entre tantos materiais naturais e botões e, para finalizar, uma tromba “bem grande” e as bochechas de sementes vermelhas…
As mãos das crianças deram vida ao nosso querido representante, que hoje embeleza a porta da nossa sala!
DURANTE O MÊS DE FEVEREIRO, AS CRIANÇAS DA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA PASSARAM PELO PRIMEIRO MOMENTO DE DECISÃO COLETIVA, ESCOLHER O NOME DO GRUPO.
ESSE ANO IREMOS NOS APROFUNDAR NA HISTÓRIA E NA CULTURA AFRICANA/AFRO-BRASILEIRA. DURANTE UMA RODA DE CONVERSA, INFORMAMOS QUE O TEMA DE INVESTIGAÇÃO PARA A ESCOLHA DO NOME DOS GRUPOS SERIAM OS ANIMAIS DA SAVANA.
INICIAMOS NOSSA CONVERSA APRESENTANDO PARA AS CRIANÇAS ALGUNS ANIMAIS DA SAVANA . OS BIG FIVE.
BIG FIVE DA ÁFRICA – OU OS “CINCO GRANDES” EM PORTUGUÊS- É O NOME DE UM GRUPO DE ANIMAIS AFRICANOS COMPOSTO PELO LEÃO, O LEOPARDO, O RINOCERONTE, O BÚFALO E O ELEFANTE.
ESSES 5 ANIMAIS ERAM CONSIDERADOS OS MAIS DIFÍCEIS DE SE CAÇAR, LEVANDO DIVERSOS CAÇADORES PROFISSIONAIS, ENTUSIASTAS, FAMOSOS E, ATÉ MESMO PRESIDENTES AMERICANOS AO CONTINENTE, COM A MISSÃO E O DESAFIO DE CAPTURAR UM DELES.
PORTANTO, O TERMO BIG FIVE, COMO MUITOS PENSAM, NÃO ESTÁ RELACIONADO COM O TAMANHO DOS ANIMAIS, MAS SIM COM O GRAU DE DIFICULDADE NA CAÇA E O PERIGO DA OPERAÇÃO, O QUE OS TORNOU OS “TOP 5”, ANIMAIS MAIS DESEJADOS POR CAÇADORES.
ENFATIZAMOS PARA AS CRIANÇAS QUE, FELIZMENTE, ATUALMENTE A CAÇA DOS ANIMAIS NA ÁFRICA É ILEGAL. ASSIM, OS ANIMAIS DO BIG FIVE ENTRARAM EM UMA ERA DE PROTEÇÃO DE ONDE NÃO DEVEM MAIS SAIR. AO VISITAR O CONTINENTE, AINDA É POSSÍVEL SE DEPARAR COM ANIMAIS DESSAS ESPÉCIES E APRECIAR A BELEZA DE LONGE.
NA SEQUÊNCIA, CADA CRIANÇA PÔDE VOTAR NO SEU ANIMAL “PREFERIDO”.
COM 3 VOTOS, VENCEU O LEÃO.
NA SEQUÊNCIA, AS CRIANÇAS FORAM CONVIDADAS A CRIAREM O BASTIDOR QUE REPRESENTARIA O NOSSO GRUPO E O ANIMAL ESCOLHIDO.
EM CONSENSO, ESCOLHERAM A COR PARA PINTAR O BASTIDOR, QUAIS SEMENTES IRIAM CONSTITUIR OS OLHOS, O FOCINHO, A BOCA E, POR FIM, OS PÊLOS DA JUBA.
ENTÃO, AGORA, SOMOS P.I TURMA DO LEÃO!
NOSSO PRÓXIMO PASSO É PESQUISAR MAIS SOBRE ESSE FELINO E DESCOBRIR FATOS CURIOSOS SOBRE ELE.
GOSTARAM DO NOME?
O P.I – LEÃO ESTÁ PRONTO PARA VIVENCIAR UM ANO MUITO ESPECIAL.
“Grupo é…
A cada encontro imprevisível.
A cada interrupção da rotina: algo inusitado.
A cada elemento novo: surpresa.
A cada encontro um desafio, mesmo que supostamente já vivido.
A cada encontro descobrimos terras ainda não desbravadas.
As crianças do P.I. A vivenciam por meio das propostas e vivências cotidianas o contato e a relação com a natureza.
Em meio aos espaços, as crianças pesquisam, constroem saberes e desenvolvem um senso crítico e de observação das mudanças de cores, formas, traçados, texturas e as transformações que acontecem em um mesmo elemento.
A partir dessa percepção o grupo testou uma nova possibilidade, criar um registro sobre um papel reciclado, um papel da natureza!
As crianças colheram pela escola os elementos curiosos com formas e traçados diferentes. Após esse processo, reciclamos folhas usadas da escola, como papel e caixa de ovos, e então fizemos a mistura.
Por meio dessa produção, houve a construção de ideias sobre o que seria bom para o meio ambiente, ampliando repertório e construindo criticidade no pensamento de cada uma delas sobre a natureza e suas transformações.
As rodas de conversa fazem parte da rotina das crianças da Primeiríssima infância, este é um momento de escuta para as percepções das crianças sobre seus sentimentos, sobre a rotina e para compartilhem suas vivências através de um rico repertório construído dentro e fora do ambiente escolar.
Em um desses momentos, Vitor compartilha empolgado para o grupo:
“Vocês não sabem… na árvore da minha casa está FORRADO DE LAGARTA!!!”
O grupo logo se anima e interage com muita curiosidade:
Rafael pergunta:
“Vitor, você pegou ela na mão?”
Matheus:
“Ela morde? Porque eu acho que ela morde, credo cara … aí machuca!”
Theo compartilha:
“Eu já vi uma lagata!”
O grupo fica animado e, a partir das teorias, iniciamos uma breve conversa sobre o bichinho. Para nossa surpresa, a família do Vitor nos pergunta se gostaríamos de receber uma lagarta para conhecê-la e vivenciar com o grupo esse lindo processo. As crianças aceitam!
Na entrada da semana seguinte recebemos a lagarta, como se expressou a Manuela:
“Como ela é fofinha… da vontade apertar! A gente vai cuidar muito bem dela, né prô?!
Gael empolgado reage:
“VITU … você trouxe uma lagata, a gente ganhou ela!”
Raul observa atentamente e questiona:
“ Mas ela não fica só lagarta .. ela vira outro bicho que é a borboleta!”
Miguel afirma:
“Ãoooo, é a lagata Aul!”
Vitor afirma: “É verdade, ela se transforma, mas eu ainda não vi porque na minha casa não virou nenhuma. Eu acho que ela demora!”
Ravi: “AAAAAH eu queria vê!”
Então, iniciamos uma pesquisa com o grupo para compreender esse processo e como poderíamos descobrir quanto tempo demoraria e quais as transformações que surgiriam nesse processo?
Para acompanhar, as crianças têm registrado suas observações a cada mudança e foi feito um calendário coletivo para contagem dos dias em cada fase, além do registro diário feito por uma criança com detalhes observados. Até a chegada do grande dia, uma borboleta surge do casulo, como em um espetáculo e a surpresa inesperada aconteceu em uma segunda-feira.
Maravilhadas as crianças puderam perceber o ciclo de vida e o quanto é preciso espera, paciência e cuidado para que ele se completasse. Os últimos registros e relatos aconteceram e o bichinho foi solto na natureza.