A transformação das amoras

Com a mudança de estação, as visitas ao quintal da escola se tornaram mais surpreendentes. O chão passou a ganhar uma nova cor com as amoras que caiam do pé, todos os dias era possível contemplar os carimbos das amoras sobre a terra do quintal.

Após a pesquisa das árvores deste ambiente tão querido pelas crianças, o grupo do G5A passou a contemplar as transformações dessa curiosa fruta que nasce de uma pequena flor, com cor verde e, após seu amadurecimento, muda de cor.

Um olhar de quem aprecia o mundo ao redor, a natureza, as plantas e as muitas transformações que acontecem e encantam a todos.  Uma proposta de registro significativo e cheio de sabor nesta vivência. 

Segundo a BNCC,

Insetário

As pesquisas sobre o insetário no grupo do G5 continuam a acontecer, em meio a valiosas descobertas e informações significativas, o encantamento agora perpassa pela linguagem artística e por percepções como as texturas, combinações de cores e diferentes formas do corpo dos bichinhos apresentados. 

Em meio à pesquisa da Mariposa, as crianças foram convidadas a um ateliê com registro sobre o tecido, pincel e tinta guache com o desafio de registrar essa observação em um contexto convidativo e prazeroso.


A literatura e seus personagens encantadores

O grupo do G5A tem tido muito contato com a literatura Infantil e seus personagens mais encantadores. 

O “LOBO” tem muito protagonismo e faz parte do imaginário das crianças, tem sido foco de muitas trocas de ideias nos diferentes contextos em que é apresentado. 

lobo mau está presente em muitas histórias que pertencem à cultura da infância, especialmente os contos de fadas. Em cada história as crianças perceberam o quanto ele passa de mau para  um lobo bonzinho ou até mesmo um lobo um pouco atrapalhado. 

Após repertoriar o grupo com diferentes narrativas e desconstruir a visão de um personagem que poderia ser apenas mau, as crianças foram convidadas a produzirem o ” SEU LOBO” e este poderia ser bom, mau ou mesmo um lobo pacato.

Após o processo criativo, o grupo faria a legenda com o nome do seu personagem e para isso, pensar nas melhores letras para a escrita do nome. Um segundo desafio foi o processo para essa escrita com o apoio do alfabeto, cada criança encontraria as letras, realizaria o recorte e a colagem. 

Um processo de escrita que abordou inúmeras aprendizagens, para além do registro escrito, trouxe encantamento e construção de novas hipóteses.



O brincar como linguagem em meio à natureza

A linguagem do brincar se destaca em meio a rotina do grupo do G5, pois potencializa as relações, as parcerias produtivas, a construção de vínculos muito importantes para o desenvolvimento integral das crianças. Além disso, é no coletivo que construímos o sentimento de pertencimento de um grupo e desse espaço chamado escola. 

Cotidianamente, os espaços são pensados para promover vivências significativas para o grupo, como também experiências criativas e encontros surpreendentes. O quintal é este espaço de tantas possibilidades de brincar e estar em contato com os elementos naturais.

E em um dia de quintal, as crianças exploravam o espaço e desfrutavam dos enredos que surgiam ali, e neste brincar, um movimento diferente e curioso surgiu ao buscarem outras descobertas, apareceu voando entre nós uma linda libélula rosa!

Nesse momento, a euforia tomou conta do grupo e uma observação minuciosa se iniciou, maravilhados por tamanha beleza deste inseto e do quão encantador é desfrutar de experiências em contato com a natureza, o grupo experimentou olhar atentamente e perceber os detalhes e a rapidez com que ela voou!!!

As aprendizagens no contato com a natureza

Ao iniciarmos o mês de adaptação, promovemos para as crianças propostas convidativas na área externa da escola com contextos nos quais elas desfrutem da potência dos elementos naturais na conexão com a arte, em sentir e observar esses ambientes.

Ao iniciarmos o mês de adaptação, promovemos para as crianças propostas convidativas na área externa da escola com contextos nos quais elas desfrutem da potência dos elementos naturais na conexão com a arte, em sentir e observar esses ambientes.

Em pouco tempo, tantas descobertas aconteceram e os saberes construídos de forma genuína nos atravessaram em registros, pensamentos e teorias para o mundo natural…

Uma porta aberta para conhecer novos significados de e de experiências e de mundo.

PROCESSO INVESTIGATIVO – COGUMELOS DE JARDIM

UM DIA COMUM DE BRINCADEIRAS NO QUINTAL, MAS ALGUNS ELEMENTOS CHAMARAM A ATENÇÃO DAS CRIANÇAS.

OS TOCOS DE MADEIRAS QUE SE DEITAVAM E MISTURAVAM A TERRA, TRAZIAM COMO DECORAÇÕES COGUMELOS .

A PRINCÍPIO A PROFESSORA PEDE PARA QUE NÃO TOQUEM, MAS ISSO AGUÇA A CURIOSIDADE E A PERGUNTA SURGE: SERIA ESSE UM COGUMELO VENENOSO?

AS PRÓPRIAS CRIANÇAS E SEUS REPERTÓRIOS NOS MOSTRAM COMO O MUNDO PODE SER CURIOSO, PODENDO ABRIR PROVAS PARA DIFERENTES APRENDIZAGENS.

INICIA-SE ALI UM PROCESSO INVESTIGATIVO, ONDE A CURIOSIDADE TOMA A FRENTE E ELES SÃO LEVADOS PARA UM MUNDO DE QUESTIONAMENTOS, OBESERVAÇÕES, TROCAS E REGISTROS.



AS PERGUNTAS FORAM SURGINDO CONFORME AS CRIANÇAS IAM OBSERVANDO OS COGUMELOS

OS REGISTROS ERAM A VISÃO DELES SOBRE O QUE ESTAVA SENDO OBSERVADO


JOAQUIM – 6 ANOS
LORENZO F. – 5 ANOS
JOÃO MIGUEL  – 5 ANOS
ISABELLA – 5 ANOS
HAYLA – 6 ANOS
LORENA – 5 ANOS

UM AMIGO TRAZ UM LIVRO INTERESSANTE SOBRE COGUMELOS E INICIAMOS NOSSA PESQUISA

Algumas leituras feitas


QUESTIONÁRIO RESPONDIDO ATRAVÉS DE PESQUISA DA INTERNET TENDO JOÃO COMO ESCRIBA

•COGUMELOS NÃO NASCEM EM PEDRAS E VIVEM DE 45 A 180 DIAS.

•ELES SÃO VENENOSOS PARA PROTEGEREM SUAS SEMENTES E ELES PRECISAM SER REGADOS.

•O NOME DE ALGUNS COGUMELOS VENENOSOS SÃO AMANITA, AMANITA PANTERA, RAMARIA, COGUMELO MÁGICO E COGUMELO ESPORO VERDE. TODOS OS COGUMELOS SÃO FUNGOS E NASCEM PORQUE NAQUELA ÁREA TEM MATÉRIA ORGÂNICA E UMIDADE.


ABAIXO IMAGENS QUE FORAM BUSCADAS PELAS CRIANÇAS NA INTERNET COM O NOME DELES.

COGUMELOS AMANITA
COGUMELO AMANITA PANTERA
COGUMELO RAMARIA
COGUMELOS ESPORO VERDE
COGUMELOS MÁGICO

A ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A base alfabética na Educação Infantil tem grande importância, por isso, dar às crianças de G5 condições de chegarem ao período de alfabetização com alguns conceitos já construídos sobre como se dá a língua escrita, tem sido fundamental.  

Após a leitura do livro “O caracol viajante”, as crianças do G5A da professora Samantha se reuniram para conversar sobre os personagens que aparecem na história e que mensagem o livro traz.

Após muito diálogo, elas foram convidadas a, em duplas, realizar a escrita de alguns personagens da história lida.

O uso do alfabeto móvel contribui com a elaboração daquilo que a criança precisa escrever, ela sente mais segurança ao buscar as melhores letras e, desta forma, serem mais protagonistas de suas escritas, além de fazerem trocas importantes com a criança parceira.

Ao decidirem como escrever determinadas palavras, as intervenções dos amigos ajudam a rever ideias, aprender coisas novas e descobrir a escrita de forma criativa e interessante, já que o manuseio das letras torna-se uma estratégia fácil para a criação e autocorreção.

LINGUAGEM DA MATEMÁTICA: CONTAGEM COM DOMINÓ

 Quando as peças podem se tornar grandes ferramentas para contagem termo a termo

NÃO É APENAS UM JOGO…

Várias peças de dominó se encontram numa cesta no centro da roda. As crianças do G5 logo começam a perguntar o que faremos com ela.

De início não parece um jogo comum, mas a professora começa fazendo testes:

-Olhem essa peça. De um lado eu tenho quantos pontos?

-Cinco! –responde João rapidamente.

-E do outro lado? –ela continua

-Seis! –algumas crianças respondem em coro, compreendendo o raciocínio.

-E quanto dá se juntarmos 5 mais 6? –pergunta ela.

Algumas começam a fazer a contagem mentalmente, outras usando os pontos apresentados na peça, outras usam o dedo para chegarem quase que ao mesmo tempo na resposta.

-Onze! –respondem a maioria em coro.

A matemática se torna prazerosa quando o desafio começa. As crianças compreendem e começam o jogo que deve ter marcação de pontos para chegar nos resultados finais de cada contagem das peças tiradas do cesto.

Começando o jogo

João, logo compreende o jogo e começa a desenhar as peças que escolheu fazendo somas mentalmente. Hayla faz seus registros mais espaçadamente, mas consegue fazer a contagem termo a termo dos pontinhos nas peças.

O mesmo faz Lorenzo F., contando as bolinhas de suas peças antes de registrá-las no papel.

Isabella consegue compreender o que precisa ser feito e fica ansiosa para realizar seus registros e suas contagens são precisas. Lorena sabe os números que precisa registrar, mas precisa de ajuda para poder fazer suas contagens. A professora auxilia e pouco a pouco ela vai conseguindo marcar seus pontos. Gabriella faz as contagens sozinha e precisa de ajuda apenas para reconhecer alguns números da reta numérica e assim registrá-los de forma correta.

Solução

Quando a solução está diante dos olhos delas…

Pouco a pouco, cada criança foi desenhando as pecinhas que escolhiam numa folha e em seguida faziam a contagem dos pontos à sua maneira, chegando nos resultados que eram anotados abaixo de cada peça. 

Assim, elas conseguiam perceber que resultados iguais podiam vir de somas de diferentes valores, tornando a matemática algo desafiador, mas também divertida.


“…nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações”. (BNCC-Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações)


Processo investigativo: grilo ou gafanhoto?

UM INSETO EM NOSSA SALA!

O DIA COMEÇOU ANIMADO, QUANDO UMA DAS CRIANÇAS DO GRUPO TROUXE PARA ESCOLA UM INSETO DENTRO DO POTINHO.

PRIMEIRO TODOS O NOMEAREM DE GRILO, PORÉM APÓS A IDA À BIBLIOTECA, AS CRIANÇAS DESCOBRIRAM, ATRAVÉS DE UM LIVRO DE ANIMAIS DE JARDIM, QUE AS CARACTERÍSTICAS DELE ERAM SEMELHANTES A DE UM GAFANHOTO. E AGORA, GRILO OU GAFANHOTO?

A MELHOR FORMA DE DESCOBRIR SERIA PESQUISANDO…

Juntos fizemos uma pesquisa no computador. Nosso tempo era curto, pois ele estava vivo dentro do pote e não queríamos que ele morresse, mas tínhamos um problema: era difícil observar todas as características com ele se movimentando. Então, cada criança passou a olhar o pote e dizer o que via para que pudéssemos fazer uma lista o quanto antes.

-“Ele tem antenas curtas!” – observou Joaquim.

-“Ele tem pernas longas e gorduchas” – continuou João.

-“E o corpo é todo marrom” – ressaltou Hayla.

O DIA SEGUINTE…

Porém, no dia seguinte, o inseto amanheceu morto dentro do vidro. Por um momento houve um sentimento de tristeza, e reflexão sobre o que havia acontecido. Logo surgiu algo interessante, podíamos investigar ele melhor, já que ficaria imóvel…

Com o uso de lupas, as crianças ressaltaram mais detalhes e, junto com a pesquisa feita na internet, pudemos comparar características e descobrir que, na verdade, ele não era da família dos grilos, mas dos gafanhotos…Seria um gafanhoto bebê?

Poderia ser, principalmente por uma das características observadas pelas crianças é que grilos têm um “rabinho” e gafanhotos não. Nossa espécie não tinha “rabinho”, então seria mesmo um gafanhoto?

“Pula!” – Alexandre
“Ele tem pintinhas marrom escuro.”  – Lorena
“Eu não vejo rabinho nele, então é gafanhoto!” – Isabella
“Também acho que é grilo, a perna não é igual a da foto” – Lorenzo P.

MICROSCÓPIO!

Decidimos colocá-lo num microscópio para observar mais detalhes e chegarmos realmente a uma conclusão.

Chamamos a turma do G4A para nos ajudar e para compartilhar esse momento.

Listamos as características observadas por todos e, assim, iniciamos a observação pelo microscópio cujas imagens eram aumentadas na tela da TV, enquanto a auxiliar focava da mesa o ângulo certo.

Face, antenas, pernas e até supostas asas foram observadas por todos e a conclusão logo chegaria ao final.

FINALMENTE…

1.

Observamos ele de perto.

2.

Levantamos todas as características.

3.

Fizemos uma grande assembleia e, juntos, chegamos à conclusão. Era um GAFANHOTO!

Um inseto simples de jardim, se transformou num processo investigativo sobre que animal realmente seria e proporcionou às crianças explorar informações, fazer comparações, registros e observar de perto cada detalhe, ajudando a descobrir como vivem, o que comem e onde gostam de ficar na natureza.

Dia de plantio

“Quando plantamos e colhemos, podemos ter comida.”

Isabella

Depois de alguns dias de chuva e frio, um dia bonito para fazer um plantio. Vaso, terra, sementes, pás e regadores foram organizados para receber as crianças que estavam empolgadas com o momento de plantar, mexer na terra e observar as sementes crescendo.

Neste projeto, as crianças do G5 conversaram sobre como imaginam que poderíamos acabar com a fome no mundo e a agricultura foi tema desta discussão.

Enquanto caminhavam até o pátio, a professora ouvia suas trocas em meio a curiosidades…

– Será que dá para plantar uma abóbora num vasinho? – pergunta João ao amigo Joaquim.

-Não, né?! Só se depois que a folhinha aparecer a gente plantar no chão, porque uma abóbora é muito grande!

Mas como organizar tudo para se fazer um bom plantio sem que as sementes se misturassem? A professora os questiona e Hayla diz:

– Temos que por cada coisa num cantinho.

– Boa ideia! – contempla a professora. – Porém temos apenas uma jardineira, como separaremos cada espacinho para cada plantio?

– Por plaquinhas! – antecipa Gabriella

– Sim, mas e dentro da jardineira, como podemos dividir esse espaço? – Problematiza a professora.

Faz-se um silêncio e Joaquim então sugere dividir com linha. Uma boa estratégia se fosse um local maior. Elas se olham sem saber como resolver essa situação.

– E se fizermos com pedrinhas? – sugere a professora.

-Isso! – anima-se João – E a gente pode pegar pedrinhas nas plantas lá do outro lado (referindo-se ao Fundamental). As crianças concordam e buscamos juntos as pedrinhas para preparar nossos vaso de plantios.

Organizando o plantio

Com as pedrinhas já colocadas e as plaquinhas organizadas para receber cada uma das sementes, as crianças foram desafiadas a tentar descobrir a partir da hipótese de leitura, qual seria cada uma das sementes para cada espaço.

Separados cada qual em seu lugar, iniciamos o plantio que rendeu muito cuidado, conversas e expectativas. Agora restava apenas a paciência para ver se a germinação ocorreria.

Não demorou muito e logo os pequenos brotinhos começaram a crescer, e os alunos do G5 A assim se revezavam para poder regá-los.

Elas foram crescendo e recebendo muito carinho das crianças, que se preocupavam em saber se a terra estava molhada, se o sol batia naquele espaço e se ninguém mexeria na terra.

Aos poucos uma a uma foi brotando e aparecendo, mostrando a todos que, com dedicação, podemos produzir alimentos que farão parte do cardápio familiar.