Escolha e produção do nome da turma

A escolha do nome faz parte da construção da identidade da turma e auxilia as crianças a ampliarem seu repertório do mundo ao seu redor.  Nesse ano, escolhemos a temática “Árvores do Brasil” para nortear a escolha.

Após explorar nossa escola e conhecer as árvores que já haviam no colégio, o grupo também pesquisou um pouco mais sobre as mesmas.

Em roda de conversa e por meio de votação, o grupo escolheu a MEXERIQUEIRA, árvore que temos no nosso quintal no colégio e então as crianças partiram para a produção.

“Como pode de uma sementinha tão pequena nascer uma arvore né Prô?”

Melissa, 4 anos e 9 meses.

“Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento. Isso, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário”. (Direito de conhecer-se- BNCC)

A FLOR DA LUA

Iniciamos o projeto de arte conhecendo um pouco da artista Margaret Mee e das suas obras inspiradas na flora brasileira. Ela foi uma artista botânica inglesa que se encantou e inspirou em plantas da nossa Amazônia.

…“Entrei na floresta sozinha, seduzida por um campo de plantas maravilhosas: pontas brilhantes e vermelhas de Heliconia glauca […] e a bela orquídea Gongora maculata, com sua longa inflorescência e seu poderoso perfume aromático, equivalente a centenas de lírios, a flor da lua… ”

 “A natureza está constantemente a misturar-se com a arte”.

No grupo, as crianças foram convidadas a registrar e ilustrar, assim como a artista, usando diferentes tonalidades de cores em suas produções dentro dessa linguagem que para elas é sempre inspiradora.

Cesta de frutas: uma proposta saudável

Após muitas falas trazidas em roda de conversa, as crianças da turma JABUTICABEIRA  foram convidadas a um ateliê de investigação que trouxe as nuances, cores e aromas das frutas em uma sessão de experimentação. Muitas ideias surgiram, mas o que chamou a atenção do grupo foi degustar as frutas aprendendo sobre as vitaminas de cada uma delas.

Nesta vivência, surgiam falas de uma alimentação saudável nomeando as frutas conhecidas, depois escolheram suas frutas preferidas para registrarem em desenho utilizando tinta aquarela. As cores, formatos e minúcias de cada uma estão no registro gráfico a seguir…

AS MAÇÃS E BANANAS FORAM O DESTAQUE DO NOSSO REGISTRO

REGISTRO E DEGUSTAÇÃO DAS FRUTAS

DEGUSTAÇÃO

AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS

Os agrupamentos têm como princípios os saberes já adquiridos pelas crianças em sua trajetória escolar, assim como a diversidade de saberes existentes contribuem com a construção de novos saberes em parceria com o outro. É uma forma de trabalho ancorada na interação entre as crianças com a mediação do professor.

O trabalho em sala de aula com agrupamentos produtivos leva em conta saberes diferentes e possibilita compartilhá-los. Nesta troca, o que cada criança sabe acerca do sistema de escrita, por exemplo, é discutido e confrontado, relacionando aos conteúdos, assim como pensar em outras possibilidades para a resolução da situação demandada pelo professor.

Esta proposta de construção de escrita vivenciada pelo 1º ano B  possibilitou também que s crianças analisassem os diferentes pontos de vista do pequeno grupo e negociar um acordo que representasse a opinião de todos do grupo em questão. Dessa forma, a professora não assume o papel de único informante em sala de aula, tampouco é visto por seus alunos como aquele que detém o conhecimento principal, mas sim como aquele que compartilha informações e fatos com a turma e valida os saberes importantes que cada criança traz consigo permitindo que este seja o centro do processo de ensino / aprendizagem.

“Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo.” (FREIRE, 1987, p. 79).

OBSERVAÇÃO PLANTIO

As rodas de leitura fazem parte da rotina das crianças do P.I. A, a professora seleciona e por meio do contexto trazido pelo enredo do livro gera diferentes discussões, pesquisas e novos saberes para o grupo. 

Ao realizar a leitura do Livro “O GRANDE RABANETE” o grupo se encanta com a cena pela qual o rabanete está imerso pela terra, Gael percebe e aponta:

“Ué, porque a minhoca tá pertinho dele aqui? Ela fica em baixo da terra num é?”

Ravi apoia:

“IOCA!!!”

Luna questiona:

“Cuidado a minhoca tá indo come ele… A minhoca é da terra mesmo!”

Vitor continua:

“Então ele cresce em baixo da terra?”

Luna questiona:

“Cuidado a minhoca tá indo come ele!”

Manuela indica:

“Tem folhinha aqui… tá na terra também?”

Matheus, Miguel e Rafael observam atentamente e percebem cada informação trazidas pelos amigos.

A professora percebe a curiosidade do grupo e realiza algumas perguntas, para indagar mais as crianças sobre suas teorias e ideias sobre esse processo de desenvolvimento e crescimento da hortaliça.

Ao final da história a professora convida o grupo a observar e contemplar o processo de crescimento de um alimento parecido… A beterraba!” O grupo prontamente aceita e a professora traz o alimento.

Começamos com uma roda de apresentação, um grupo potente como é, já iniciaram novos questionamentos. Em roda de apresentação, Rafael percebe a textura e afirma:

“Olha, ela é um desenho dentro!”

Matheus continua:

“Nossa, sai cor, olha, olha, OLHAAAAA!”

Gael solicita:

“Posso cheirar?”

Ao permitir, sente o cheiro e rapidamente lambe e afirma:

“Eu adolo beterraba, ela é uma delícia!”

Vitor se desafia e pergunta:

“Posso prova também?”

Em seguida o grupo afirma:

“EU TAMBÉM!!!” 

A da curiosidade do grupo e escuta ativa para o interesse do grupo realizamos um intenso trabalho do grupo desenvolvendo os 5 sentidos como culinária, registros com texturas, sensações com tato e olfato e a percepção do processo de observação em registro por cada transformação de crescimento dando ênfase no ciclo da vida, crescimento e necessidades de autocuidado. Um lindo percurso com etapas significativas e um processo encantador.

QUE BICHO É ESSE?

As vivências que trazem a curiosidade permeiam o grupo do G4, algumas surgem como uma surpresa e geram muitos questionamentos a serem descobertos. No nosso percurso, as pesquisas têm muito significado e contemplam diferentes temas nas múltiplas linguagens.

Um dia desses, antes do momento da saída, surge próximo ao grupo um bichinho engraçado, com um corpo diferente, com asas, rápido e muito peculiar.

Ao perceberem, as crianças ficam eufóricas, se movimentam atrás do animalzinho e à medida que o acompanham, compartilham e narram uns aos outros suas percepções:

Martin diz:

“Eiii, ele parece que tem um rabo!”

Antônio observa os movimentos do mesmo e acrescenta:

“OLHAAAA, um bicho … que rápido!”

Lara levanta questionamentos:

“Ai meu Deus, será que ele é venenoso?” 

Manuella contribui:

“Ele voa muito, eu não conheço esse bicho, nunca vi!”

Isadora traz outra teoria:

“Será que é um bicho novo???”

Abner alerta os colegas:

“Ele pode picar, eu acho, ele tem um rabo mesmo! Cuidado!!!”

E Bernardo acata a fala do colega para terem cuidado:

“Cuidado gente, será que ele é peligoso?”

Alice já se organiza com receio:

“O bichooo, ai meu deus … o bicho!!!”

Murilo observa as características do bichinho e diz:

“Não é uma borboleta, mas parece!”

Lavínia ouve a todos atentamente, mas se mostra corajosa:

“Eu não tenho medo, acho que ele não tem veneno não, parece ser bonzinho!”

Valentim pergunta:

“Mas prô, que bicho que é esse???”

Com tantas falas, vamos à pesquisa sobre o animal, a professora se senta brevemente com o grupo e todos observam seu corpo, o grupo se encanta e se mantém curioso. Juntos descobrem que o bichinho se chama libélula, um animal ágil, forte e com inúmeras habilidades.

Martin novamente se prontifica:

“A gente pode pesquisar pra saber mais coisas dela, o que será que ela come? Onde ela mora? Ela tá perdida aqui?”

Gustavo acrescenta:

“VAMOOOO!! Eu acho que ela tá perdida, mas o que ela come? Não consegui ver a boca dela!”

“O grande propósito da Educação Infantil é criar condições para que as crianças se sintam encorajadas a construir explicações sobre o mundo, e não que sejam receptoras de um saber pronto e acabado… Logo, o que importa não é dar valor a alguma coisa, mas, acima de tudo, entender o que há por trás dessas questões e teorias, e o que há por trás delas é algo verdadeiramente extraordinário” (RINALDI, 2012, p. 206).

A VITÓRIA- RÉGIA

Registro de observação

…NAIÁ ÍNDIA GUERREIRA

SONHAVA A VIDA INTEIRA

IR AO ENCONTRO DE JACI

FOI ENTÃO NUMA LINDA NOITE

SE TRANSFORMOU NA ESTRELA DAS ÁGUAS….

A NOITE SUAS FLORES SÃO BRANCAS E PERFUMADAS, PELA MANHÃ SÃO ROSADAS.

 MAGIA DA FLOR ESTRELA DAS ÁGUAS

Os gêneros textuais trabalhados no 1º ano A da professora Katia, como nesta proposta com a lenda da Vitória Régia, permitiu que as crianças também explorassem a linguagem artística após conhecerem a história.

“A PINTURA É A POESIA MAIS VISTA DO QUE SENTIDA, E A POESIA É A PINTURA QUE É SENTIDA E NÃO VISTA”.

Leonardo da Vinci

A construção da escrita

Nossa abordagem tem como um dos preceitos no campo da alfabetização o trabalho com os agrupamentos produtivos, ou seja, em duplas de crianças.

No 1º ano consideramos os saberes diferentes de cada criança e, por isso, a professora Fernanda traz estratégias que possibilite que esses saberes sejam compartilhados, confrontados, transformados através da discussão e que, ao mesmo tempo, possam ainda ampliar conhecimentos e avançar na hipótese de escrita, por exemplo.

A turma do 1º ano B participou de uma proposta de escrita onde o grupo realizou várias leituras de diferentes contos de fadas e, a partir da leitura do conto “Cinderela”, realizaram a atividade em duplas produtivas para reescrever o que estava acontecendo em cada situação apresentada nas figuras.

 O trabalho em duplas, no qual a criança trabalha em colaboração com um ou mais parceiros, permitiu que elas confrontassem aquilo que já sabiam, mas também a refletirem sobre outros aspectos, como as melhores letras, a separabilidade das palavras, as discussões sobre sílabas mais complexas, etc.  

NOME PRÓPRIO

O nome próprio é uma importante referência para a inserção da criança em seu processo de apropriação da linguagem escrita, por isso, as crianças do G5 são constantemente convidadas a vivenciar experiências para esta construção.

Nessa proposta, fazendo uso dos elementos naturais disponíveis, as crianças do G5 B representaram as letras de seu nome próprio. O resultado dessa proposta ficou encantador e admirável.

“A escrita da criança não resulta da simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal”.

Emilia Ferreiro

AS LETRAS NO NOME PRÓPRIO

O nome próprio é uma importante referência para a inserção da criança em seu processo de apropriação da linguagem escrita, por isso, as crianças do G5 são constantemente convidadas a vivenciar experiências para esta construção.

Nessa proposta, fazendo uso dos elementos naturais disponíveis, as crianças do G5 B representaram as letras de seu nome próprio. O resultado dessa proposta ficou encantador e admirável.

“A escrita da criança não resulta da simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal”.

Emilia Ferreiro