Conhecendo os profissionais que trabalham na escola e suas funções 

Na sequência didática de Geografia, as crianças do 1º ano  vivenciaram discussões importantes sobre nossa escola. Neste contexto, muitas pessoas fazem parte do funcionamento deste lugar e elas puderam  conhecer  sobre as pessoas que trabalham aqui e como contribuem para o nosso dia a dia. 

O objetivo deste momento foi valorizar o trabalho de todos os profissionais que fazem parte da nossa comunidade escolar e entender a importância de cada um deles. 

Compreender o papel de cada um nos ajuda a valorizar e respeitar o trabalho desempenhado para que a escola possa oferecer uma educação de qualidade e todo acolhimento aos alunos e bem-estar na escola.

Após as discussões, o grupo fez um passeio pela escola e ao final,  fizeram uma representação pictórica do seu lugar preferido.

Matemática colorida: Escala Cuisenaire 

A professora Katia trouxe uma novidade para o grupo do 1º ano A,  escala Cuisenaire,  que é uma ferramenta educacional que utiliza barras coloridas e de diferentes comprimentos para ensinar conceitos matemáticos. Cada cor corresponde a um número específico, e as barras são usadas para representar quantidades numéricas de forma visual e tátil.

Na aula de matemática,  o grupo “Elefante”, vivenciou na prática como usar e manipular o material cuisenaire e depois realizaram exercícios do livro didático.

O objetivo de ensinar a escala Cuisenaire para o 1º ano é trabalhar com as quantidades numéricas de 1 a 10, ajudando as crianças a construirem conceitos básicos de matemática. O material é manipulativo e permite que os alunos manipulem barrinhas coloridas e de tamanhos diferentes para entender melhor conceitos como sequência numérica, comparação e operações básicas.

BRINCADEIRAS NA ROTINA

Mário Quintana

É através da brincadeira que a criança manifesta a sua criatividade, expõe com naturalidade tudo o que sente, as alegrias, as tristezas, as angústias e ansiedades, as dúvidas e também as certezas.

O brincar é uma linguagem que faz parte do desenvolvimento infantil e no 1º ano ainda acontece. Incorporar o brincar no aprendizado é essencial para o desenvolvimento de habilidades motoras, linguísticas e sociais, além de aumentar a capacidade de resolver problemas e fortalecer as interações e a compreensão emocional.

As crianças do 1º ano A, grupo “Elefante”, têm em sua rotina a brincadeira no parque e quintal do Colégio três vezes na semana, onde exploram, partilham e expressam suas emoções, além de aprenderem sobre si mesmos e o ambiente ao redor.

São nestes momentos que observamos o imaginário ainda presente em cada uma delas, o mundo do “faz de conta” e o desejo de viver experiências com materiais e objetos que se tornam lúdicos em suas mãos. Areia e folhas se tornam banquetes dos grandes chefs de cozinha, além dos ovos de dinossauros escavados pelos paleontólogos que, num piscar de olhos, viram engenheiros com suas estradas de lamas, sem contar os trapezistas de circo e alpinistas no escorregador… Momentos mágicos que temos o privilégio de sermos meros expectadores. 



Aprendendo sobre as moradias – ampliando conhecimentos

Na sequência didática de Geografia, as crianças do grupo Elefante da professora Katia, aprenderam sobre os diferentes tipos de moradias.

É importante que nesta faixa etária os conhecimentos acerca do mundo em que vivemos seja ampliado e as crianças do 1º ano conheçam, por exemplo, como foram os diferentes tipos de moradia com o passar do tempo e também hoje, na atualidade, reflitam sobre o que mudou.

Além disso, aprender os nomes e características das moradias contribui para o desenvolvimento de um vocabulário mais rico e possibilitou que as crianças construíssem cartazes acerca desta temática que gerou muita curiosidade e trocas.

Ao ampliar as reflexões e informações trazidas para o grupo, elas demonstraram começar a entender que existem diferentes formas de morar, reconhecendo o que torna um lugar seguro e confortável para viver, bem como podem aplicar esse conhecimento ao pensar sobre suas próprias casas e a localização das mesmas. 

A partir disso, refletimos sobre como a má distribuição de renda e a desigualdade social interferem no local em que vivem e na habitação das pessoas no contexto social. 

Construindo a nossa identidade

Como primeira atividade coletiva para o 1º ano A foi a escolha do nome do grupo, ou seja, a construção da nossa identidade. O processo de escolha do nome do grupo passou por várias etapas até a escolha.

As crianças participaram desse processo democrático de forma positiva, com autonomia e maturidade que a idade lhes permite, dando sugestões, discutindo entre si e aprendendo a lidar com as perspectivas pessoais e as do outro, além de refletirem juntos até a decisão final.

Escolhemos como tema “Animais da fauna africana” e selecionamos alguns nomes como leão, hiena, crocodilo, lêmure, girafa e elefante.

Fizemos investigações acerca de cada animal citado, as crianças assistiram vídeos de biólogos falando algumas curiosidades de cada um, como a altura, tempo estimado de crescimento, hábitos alimentares.  Após conhecerem um pouco sobre cada um deles, partimos para a escolha do nome propriamente dito e o eleito foi o “ELEFANTE”. 

Ao final de todas as etapas, as crianças do 1º ano da professora Katia produziram um bastidor para a porta da nossa sala de aula. 

O CAMINHO DA ESCRITA À EDIÇÃO DO LIVRO

As crianças do 1° ano A tiveram uma maravilhosa experiência nesse 2° semestre. Elas foram desafiadas a escreverem um livro de fábulas.

Escolhemos  este portador textual  por se tratar de  um  texto mais curto e de linguagem simples.

Reescrever um texto conhecido permite à criança não se preocupar,  naquele momento, com a invenção  do conteúdo e sim se focar na forma como o texto precisa ser escrito , na escolha das palavras e sequência dos fatos.

As reescritas foram feitas em duplas em parcerias produtivas. Num momento, um ditava e o outro escrevia e depois vice-versa. 

Após a escrita, as duplas fizeram o processo de revisão , melhorando a escrita observando se as palavras haviam sido escritas da melhor forma, se não omitiram letras ou fatos que davam mais sentido ao texto ou que comprometesse a compreensão do leitor.

Assim , após todo o processo, resultou em um livro , onde junto aos seus familiares , tiveram a sua primeira noite de autógrafos, um momento de conquista e muitas alegrias para professoras, familiares e alunos do 1º ano!

PRODUÇÕES DE TEXTO

Dentro do processo de ensino-aprendizagem no 1º ano da professora Katia, as expectativas das famílias e crianças são muitas, por isso, o ensino de produção de texto neste segundo semestre foi de grande importância para o desenvolvimento da comunicação escrita através de diferentes gêneros textuais e o desenvolvimento da capacidade de organização mental para isso, pensando em como elaborar frases e textos maiores.

Por meio de diferentes textos, ampliamos o repertório das crianças e estas aprenderam sobre a produção de textos como narrativa e texto descritivo, como neste caso em que precisaram escrever o que aconteceu com o personagem Chico Bento.

O objetivo foi ensinar aos alunos os princípios básicos da produção de textos, tais como quais letras precisam para as palavras, a separabilidade das mesmas e também as expressões adequadas. À medida que os alunos avançam para níveis mais elevados de competência na produção de textos, serão ensinados métodos para melhorar a qualidade dos textos produzidos, ou seja, a revisão do que eles escrevem.

Ao longo desta proposta, as crianças escreveram de acordo com sua hipótese, alguns se arriscaram mais, outros ainda precisarão de desafios para irem adquirindo segurança, o que trouxe outras oportunidades de projetos nos quais serão enfatizadas as questões relacionadas à criatividade e à oralidade, pois estas habilidades também são fundamentais para o desenvolvimento da produção de textos de qualidade.

Processo de alfabetização – Produção textual

As propostas pedagógicas de alfabetização no Colégio Cantareira são elaboradas respeitando a criança como ser ativo neste processo, muito capaz de construir o pensamento sobre como é o funcionamento da escrita.

No grupo do 1º ano da professora Katia, as crianças já bastante competentes neste processo, construíram suas hipóteses sobre o que a escrita representa e qual seu uso no nosso cotidiano, por isso os textos coletivos e escritos individualmente tem sido parte deste trabalho, mesmo que cada criança se encontre em fases diferentes na construção da escrita.

Dentro deste contexto, durante a aula de linguagem, elas produziram textos a partir de uma imagem sobre o personagem de histórias em quadrinhos, Chico Bento. O desafio era narrarem a partir da sua observação o que aconteceu na imagem.

As escritas foram feitas espontaneamente neste momento e, por isso, preservadas, sem correção ortográfica e sem intervenção da professora.


“A escrita da criança não resulta de simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal. ”

Emilia Ferreiro


CIRANDA DO LIVRO

Nas rodas de história, as crianças tem acesso a variados títulos, mas a possibilidade da escolha, da descoberta, do encantamento por meio do desconhecido, novo, belo e misterioso.

É assim que através de algumas ações, relacionadas ao comportamento leitor, como a ciranda de livros, as crianças do 1° ano- Chuva de Ouro-  se apropriam de importantes procedimentos por entre o mundo da leitura e da escrita.

Nessas rodas diárias, seja em sala ou biblioteca, as narrativas contam inúmeras experiências, as quais ganham sentido e se tornam objetos de desejo e, na possibilidade de escolha, alguns critérios são utilizados pelos alunos, seja pelo reconhecimento de imagens significativas e favoritas, pela identificação dos trechos da narrativa, pelo convite através do título, pela curiosidade do que está por vir, bem como de quem serão os personagens.

“A leitura nos carrega para onde quisermos. Podemos mudar de um lugar para o outro, mas o lugar do conhecimento, da interpretação e da imaginação estarão sempre preservados“.

CONTEXTO DE APRENDIZAGEM: PARLENDAS

O gênero textual parlenda faz parte do folclore nacional e das propostas que trazemos para o grupo como forma também de valorizar essa tradição viva na escola garantindo experiências acerca da identidade do povo brasileiro e vivências estéticas com a beleza das rimas.

Nada mais emocionante do que ver rodas cantadas e brincadeiras com parlendas, repetindo uma tradição histórica de longa data. Brincadeiras dos nossos avós, bisavós…. Quem sabe?!!       

Há uma ludicidade presente nas parlendas que encantam as crianças e que também podem promover:

– O desenvolvimento cognitivo, pois colocam a criança em contato com desafios linguísticos que serão explorados nas parlendas;

– O desenvolvimento motor por meio da ampliação de experiências expressivas e corporais que possibilitem movimentação ampla nos momentos da brincadeira.

– O desenvolvimento de habilidades sociais já que é uma brincadeira em grupo.

– O avanço em suas hipóteses de escrita.

O grupo Pau-Brasil, da professora Katia, durante a aula de linguagem, teve a vivência com a parlenda “Rei Capitão”, proposta na qual, além de cantar e brincar com as rimas, as crianças também refletiram sobre a escrita coletiva da letra, como escrever determinadas palavras e que letras a compõe.

Para crianças em processo de aquisição da língua escrita, esses contextos trazem mais sentido às reflexões coletivas, elas apreendem novos saberes com a fala dos colegas e isso contribui com seus avanços.

Ao final, o grupo montou um cartaz coletivo com belas ilustrações e depois cada um recortou e montou em seu caderno. Cada passo desta proposta foi importante para enriquecer as discussões e privilegiar os avanços de cada criança.

“Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno.”

 (Magda Soares; 2003)